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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Guias de madeira, máquinas de tambor de enrolamento, e quadros com ampolas de mercúrio.

Hoje li um pequeno texto de um técnico de elevadores que descrevia alguns dos equipamentos a que faz manutenção, e em que dizia que ainda tinha a seu cargo elevadores com guias em madeira.
No mesmo texto questionava-se sobre a segurança de tais equipamentos, e mostrava a sua admiração pela resistência que estes materiais apresentam com o passar dos anos.
É óbvio que o grau de segurança destes elevadores com mais de 70 anos é incomparável menor do que o dos actuais, mas a curiosidade das suas soluções técnicas é verdadeiramente fascinante.
As guias de madeira são à luz dos nossos dias uma solução verdadeiramente aterradora, mas a verdade é que continuam a funcionar na perfeição.
As máquinas de tambor de enrolamento são um desafio à física de quem tem como solução os contra-pesos que vulgarmente equipam os nossos elevadores.
Os quadros de ampolas de mercúrio são uma delícia de se verem a trabalhar. Uma vez vi um destes quadros a funcionar que em tudo fazia lembrar um mecanismo de relógio.
Mas o pragmatismo deve imperar quando estamos perante equipamentos que transportam pessoas e que por isso devem apresentar os mais elevados padrões de segurança. Elevadores com estas características devem ser substituídos, ou pelo menos amplamente modernizados, para garantirem a segurança dos seus utilizadores.
Para além disso deve haver a atenção de entregar a manutenção destes elevadores a empresas que tenham a sensibilidade para perceber os cuidados que estes aparelhos necessitam, e essas empresas ainda devem ter o cuidado de seleccionar para estes casos os seus técnicos mais preparados para as particularidades que os caracterizam.
Por vezes há a ideia que a manutenção destas peças de museu deve ser barata e simples, mas a realidade é completamente o contrário. O seu proprietário, até decidir a sua substituição, deve reservar-lhe o melhor dos tratamentos.
Estes elevadores, que em Portugal estão essencialmente nos centros das nossas maiores cidades, são merecedores de muita atenção, e por isso a HAPE criou um esquema de manutenção que a eles se aplica. Se tem um equipamento deste tipo e necessitar de apoio, consulte-nos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Segurança em elevadores

Há uns dias apareceu no mercado dos Estados Unidos uma empresa a vender um aparelho para ser instalado em qualquer elevador que tem como função detectar eventuais quebras de segurança nos circuitos do equipamento.
Basicamente o aparelho detecta “chantes” que tenham sido introduzidos nos órgãos de segurança para permitir que o elevador ande, ou não avarie, sem que um determinado problema o obrigue a parar, e quando um problema destes é detectado o aparelho coloca o elevador em modo desactivado.
Situações deste tipo acontecem por descuido (porque algumas manobras de manutenção obrigam a “chantar” partes do circuito para serem realizadas e depois o técnico esquece-se de retirar o “chante”), ou por inconsciência do técnico que não conseguindo resolver uma anomalia resolve “chantar” o circuito para que o elevador não torne a parar.
Mas a polémica à volta situação nasceu não pelas virtudes do aparelho, que até pode ser interessante e útil, mas pela forma como a ROLLS Innovative Elevator Systems publicita este seu produto.
O que eles fazem é alertar para o número de acidentes e mortes que ocorrem em elevadores todos os anos, constatar que uma parte desses acidentes têm como origem um erro humano, e que essa situação pode ser prevenida com a utilização do seu aparelho.
Logo apareceram imensas vozes a criticar que não se deve basear uma campanha de vendas no terror que se cria no seu público-alvo.
Claro que a maior parte destas críticas vêm das grandes empresas do sector da manutenção, que sentem que desta campanha algum perigo pode resultar para os seus interesses.
E o público que usa diariamente os elevadores, o que deve pensar?
Pessoalmente não tenho grande problema em ser alertado para um dado facto de uma forma incisiva. Gosto de campanhas publicitárias fortes e que conseguem rapidamente vincar a sua mensagem. Mas reconheço que nestes casos é importante que se acalmem as dúvidas que as pessoas possam criar à volta do tema, e que se explique que cada caso é um caso e que os elevadores não vão começar a cair por causa da falta de tal detector de circuitos “chantados”.
Mas esta discussão só existe porque realmente os elevadores são perigosos e originam acidentes, e que para os evitar a primeira coisa a fazer é escolher empresas de manutenção de confiança e alta capacidade técnica e ética.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O meu contrato de manutenção dos elevadores está caro. Devo negociá-lo?

Mais uma vez a resposta é …. Depende.
Depende do tipo de equipamento instalado, da localização da instalação, da empresa que faz a manutenção, do tipo de contrato que está celebrado, da data de termo do contrato, etc.
Há mais do que uma solução para reduzir os custos de manutenção do elevador, por isso a resposta nunca é linear.
Ao longo dos meses que a HAPE leva a estudar soluções mais vantajosas para os seus clientes, foram raros os casos em que não conseguimos obter reduções de custo significativas, mas nem sempre isso passou por uma solução única.
Por vezes temos de renegociar com a empresa que está a fazer o serviço, outras vezes propomos a mudança de empresa, outras alteramos as condições contratuais que estão em vigor, ou aplicamos ainda outro tipo de alternativas.
No mundo dos elevadores cada caso é um caso, e por isso deve ser estudado dentro das suas particularidades.
Mas nos tempos que correm é obrigação de todos procurar soluções que sejam financeiramente mais vantajosas, sem se abdicar dos padrões de serviço que estavam a ser aplicados.
O cliente tem de ter a abertura suficiente para perceber que as empresas de manutenção para lhe baixarem os custos de serviço alguma coisa vão ter de alterar no seu procedimento. Se quiser abrir uma negociação prepare-se para ouvir atentamente o que a prestadora do serviço lhe vai dizer.
A maior parte das vezes a linguagem técnica é pouco perceptível por parte do cliente, e por isso a ajuda da HAPE pode ser importante para esclarecer o que realmente se vai alterar daí para a frente.
Acredite que vale a pena tentar conseguir melhores condições contratuais para a manutenção do seu elevador, mas se sentir que precisa de apoio para conseguir esse trabalho, não pense duas vezes e contacte a HAPE. Afinal somos mesmo bons a fazer isso.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Escadas rolantes no urbanismo.

A maior parte das pessoas está habituada a interligar as escadas mecânicas e os tapetes rolantes como parte integrante do interior de edifícios.
Mas esse conceito tem vindo a mudar nos últimos tempos.
Primeiro foi preciso desenvolver equipamentos capazes de resistir a intempéries e dessa forma poderem ser aplicados no exterior, e depois acreditar que em muitas situações as escadas e tapetes rolantes podem ser um componente muito válido na mobilidade urbana.
As soluções a que este tipo de equipamentos pode dar resposta no urbanismo são imensas, e apenas a imaginação é o limite.
Quando em 2001 o Brasil decidiu instalar escadas rolantes ao ar livre para o acesso ao monumento do Cristo Redentor, e apesar de não ser de maneira nenhuma a primeira instalação desse tipo no mundo, este tipo de solução de mobilidade passou a ser encarada de outra forma.
Aos poucos os arquitectos e os urbanistas começaram a projectar obras deste tipo pelo mundo fora, e começamos a habituar os nossos olhos a depararem cada vez mais com instalações que recorrem a estes equipamentos.
Infelizmente este tipo de soluções são muito propensas a agressões por parte de vândalos, o que na maior parte das vezes lhes dá um aspecto desagradável e desconfortável.
Possivelmente há pouco cuidado em criar os mecanismos de dissuasão ao vandalismo, e também preparar um plano de manutenção que preveja as condições muito particulares que envolvem estes equipamentos, e quando isso for devidamente planeado haverá um grande avanço no utilização destas soluções.
Em Portugal ainda são poucas as instalações deste tipo, e a maior parte delas está afectada pela degradação que anteriormente referi, mas mesmo assim algumas destas instalações são obras de uma audácia e modernidade extraordinárias.

Em Hondarribia, no País Basco espanhol, foram instaladas em 2008 pela Thyssen escadas rolantes que permitem a ligação de duas zonas da cidade que têm um desnível de cerca de 20 metros. Em 3 lanços conseguiu-se uma solução de mobilidade fascinante e sem qualquer possibilidade de ser feito de forma alternativa. É apenas um exemplo da presença destes equipamentos no dia-a-dia das nossas cidades.  

Ainda não fez um mês que na favela Comuna 13, em Medellin na Colômbia, foi inaugurada uma enorme escada rolante de utilização gratuita. Este equipamento reduz em mais de meia hora o tempo de subida para a população da favela e é encarada como um excelente exemplo de integração social da cidade.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Factores externos que condicionam a segurança dos elevadores – Iluminação de acesso à cabina

Um dos mais comuns dos acidentes mortais com elevadores acontece quando um utilizador abre uma porta de patamar e se precipita no poço porque a cabina não se encontrava nesse piso.
O facto da porta de patamar abrir sem a presença da cabina pode dever-se a diversas factores que não interessam para este texto. O que interessa é que a legislação prevê algumas medidas para minimizarem esse risco de acidente.
Uma dessas medidas é obrigar que a iluminação no patamar de acesso ao elevador garanta 50 LUX (LUX é a unidade que mede a intensidade luminosa) na proximidade da porta do elevador.
50 LUX é mais ou menos a luz que é garantida pela iluminação pública de uma rua normal.
Esta medida destina-se a que o utilizador do elevador possa ver o chão da cabina mesmo que a iluminação dessa cabina esteja inoperacional.
Acontece que nem o fabricante do elevador, nem a empresa de manutenção, podem garantir que isso se verifica. Por vezes a vontade de poupar um pouco de energia é tanta que os patamares dos edifícios estão com iluminação abaixo do regulamentar ou não possuem mesmo qualquer iluminação.
No momento em que é feita a certificação do elevador essa iluminação está garantida, mas o que se passa daí para a frente é completamente incontrolável.
É obrigação dos técnicos de manutenção das EMA alertarem a administração dos edifícios para a falha no cumprimento desta medida (especialmente em elevadores com porta de batente), mas pouco mais podem fazer a não ser isso.
Por outro lado a maior parte das manutenções e inspecções são feitas de dia, quando por vezes a iluminação natural do edifício garante o cumprimento da norma, e é quando fica de noite que o problema se manifesta, sem que ninguém dos elevadores se aperceba da situação.
Sempre que sentir dúvidas com os seus elevadores, não hesite em consultar a HAPE.

2012