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segunda-feira, 12 de março de 2012

O formato das cabinas dos elevadores, em conformidade com o fim a que se destinam.

Como qualquer cidadão urbano de Portugal, todos os dias utilizo elevadores em edifícios públicos.
Possivelmente, por motivos profissionais, estarei bastante mais atento do que as outras pessoas aos equipamentos que se instalam nos nosso prédios, e por isso tenho a nítida ideia que na maioria de casos os promotores imobiliários foram mal aconselhados no momento da compra dos elevadores.
Vem isto a propósito por as cabinas dos elevadores instalados em edifícios de serviços serem tantas vezes menos largas do que profundas.
Vamos imaginar uma garagem para dois automóveis. As duas soluções para essa garagem são que tenha comprimento para os dois carros um em frente ao outro, ou que tenha largura para que os dois possam estacionar um ao lodo do outro.
A primeira solução pode ser interessante se um dos carros não for utilizado todos os dias, e portanto a sua mobilidade não fique muito limitada pela presença do outro carro. No segundo caso existe a possibilidade de se movimentarem os carros independentemente um do outro, bastando para isso que a porta da garagem seja suficientemente ampla para permitir essa manobra.
Com os elevadores passa-se exactamente a mesma coisa. Nos edifícios em que muitos dos utilizadores do elevador não se conhecem, e em que há movimentação de pessoas entre os diversos pisos do edifício, as cabinas devem ser mais largas do que profundas, permitindo que qualquer pessoa possa aceder à porta da cabina sem ter de passar por duas ou três pessoas à sua frente.
Em consequência desta opção as portas dos elevadores devem ser mais amplas do que os 90 cm (quando não 80) com que deparamos na maior parte das vezes.
Por isso a regra é colocar sempre nos edifícios de serviços elevadores largos e com portas amplas, e, em casos de elevadores de grande dimensão, colocar botoneiras de cabina nas duas paredes laterais da cabina.
Desta forma vamos proporcionar viagens com maior conforto e melhor gestão de tempo na entrada e saída dos passageiros.
Nos edifícios de habitação de pequena e média dimensão, em que na maioria das viagens os utilizadores compartilham o mesmo pisos de destino (porque são família), pode-se optar por cabinas com maior profundidade do que largura, e portas menos amplas. Esta solução embaratece o produto, e permite uma redução de espaço utilizado em termos de planta do prédio. Poupa-se em duas importantes vertentes.
Depois de tantos anos a fazer errado, está bem na altura de começar a definir os elevadores certos para cada edifício. Afinal basta perguntar a quem sabe.

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