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quarta-feira, 30 de março de 2011

Fiquei preso no elevador. O que faço?

Ficar preso na cabina de um elevador é uma situação cada vez menos vulgar. As avarias que antigamente originavam longas paragens dos equipamentos, estão cada vez mais controladas.
Nos tempos que correm é mais normal que um elevador não inicie a sua viajem, negando-se a mover-se por uma qualquer razão aparentemente inexplicável, do que parar a meio do seu percurso deixando os passageiros encarcerados. Mas, como em tudo, há excepções que confirmam a regra. Ainda por cima quando o parque de elevadores é cada vez maior, e todos nós os utilizamos cada vez com mais frequência.
Se estiver a andar num elevador e de repente ficar preso na cabina, como deve actuar?
Verifique se a luz da cabina se apagou ou se se mantém acesa. Se a luz se mantiver acesa há uma avaria do equipamento, se se tiver apagado, e a luz de emergência se activou, então estamos perante um caso de falta de energia. (Lembre-se de ser exigente quanto à existência de luzes de emergência nas cabinas. Ficar encarcerado num elevador às escuras é muito mais dramático do que se o mesmo estiver iluminado.)
Se o que aconteceu foi o elevador chegar a um determinado piso, parar, e não abrir as portas, tente marcar outro piso na botoneira de cabina. Pode acontecer que haja um problema com a porta desse piso, e que o mesmo não aconteça noutro patamar.
Feitas as diligências normais para tentar resolver o assunto pelos próprios meios, e não tendo conseguido obter qualquer resultado prático, está na hora de tomar a decisão de pedir ajuda. Todos os métodos são bons, por isso use tudo o que tiver ao seu alcance para chamar a atenção de quem lhe possa prestar auxílio.
A grande maioria das cabinas está munida com um sistema de alarme que dispara, para além de um sinal sonoro dentro do edifício, uma chamada telefónica para uma central que lhe pode fornecer assistência. Para isso terá de pressionar o botão de alarme continuamente durante um período mínimo de 3 segundos, mas que em alguns equipamentos pode necessitar de 5 segundos para se activar.
Se não estiver sozinho dentro da cabina peça às restantes pessoas que façam silêncio enquanto decorre esta operação. Os microfones e colunas de som estão por vezes colocados no tecto da cabina e a qualidade da comunicação nem sempre é brilhante.
Mesmo que a comunicação seja de má qualidade lembre-se que o que interessa é que o ouçam a si. Por isso tente ser claro na informação que presta. Algumas empresas conseguem localizar o equipamento avariado mal a chamada é efectuada, mas noutros casos é necessário transmitir com clareza a localização do elevador. Morada, incluindo a cidade ou lugar, nome do prédio, ou qualquer outra referência que identifique a instalação é fundamental para que lhe possam prestar assistência.
Se estiver num país em que não se consegue expressar na língua do seu interlocutor, não deixe por isso de fazer na mesma o seu pedido. A chamada vai ser gravada e é obrigação da outra pessoa fazer os possíveis por encontrar alguém que consiga traduzir o que transmitiu.
Entretanto grite, tente usar o telemóvel, ou bata nas portas e paredes para que alguém no edifício se aperceba da sua situação. Quanto mais pessoas souberem, mais rapidamente chegará o auxílio.
Se lhe for possível veja as horas. Conte que um processo de resgate pode durar 2 horas, por isso tem de se preparar para a possibilidade de estar preso durante esse tempo. Prepare-se e prepare as pessoas que estão consigo para esse facto. Manter a calma é muito importante. Se há crianças dentro da cabina isso ainda é mais importante.
Tente que toda a gente se sente no chão ou se agache. O facto de estar mais longe do tecto diminui em muito a sensação de claustrofobia, e faz desaparecer a desagradável sensação de opressão perante pessoas mais altas. Para as crianças isto é muito confortável.
Há pessoas que entram em desequilíbrio fisiológico numa situação deste tipo. Sentem vontade de urinar, vomitar, ou tirar a roupa que têm vestida. Estas situações são normais e devem ser compreendidas pelas restantes pessoas dentro da cabina. Tente que essas pessoas consigam ficar mais confortáveis e que tenham o máximo espaço que lhes seja possível dispensar.
Veja as horas muitas vezes. Vai-se aperceber que o tempo custa a passar e que é importante que todos percebam que apesar de terem a ideia que a situação se arrasta há horas, ainda só passaram apenas poucos minutos.
Quando a ajuda chegar, e se o resgate for feito por um técnico, respeite as instruções que lhe forem dadas. É muito perigoso abandonar uma cabina desnivelada em relação ao patamar, sem tomar todas as previdências para que a mesma não comece a deslocar-se nesse momento. Se o abandonar da cabina tiver de ser feito por uma pessoa de cada vez, garanta que se cria uma prioridade que evacue primeiro as pessoas em maior estado de choque.
Se a paragem da cabina se verificou por falta de energia, e entretanto a mesma foi reposta, a maior parte dos elevadores vão entrar num processo de “reconhecimento de poço”. Isto é, vão fazer uma série de movimentos ao longo do edifício que vai permitir que o elevador perceba onde se encontra a cabina. Só ao fim de alguns desses movimentos aparentemente desconexos é que a cabina se vai imobilizar e abrir as portas. Por isso tenha calma até que o processo termine.
Também no caso de se ter verificado um corte de energia, os elevadores que estirem munidos de sistema de evacuação automática irão activar esse dispositivo. O que vai acontecer é que alguns segundos após o corte de energia (varia entre 15 e 60 segundos conforme as marcas) a cabina irá iniciar um movimento muito lento de deslocação até um dos pisos mais próximos, e as portas irão abrir (também mais lentamente que normalmente) e assim ficarão. Abandonar a cabina é, nessa fase, completamente seguro.
Se quer saber como tornar o seu elevador mais seguro, porque não contrata a HAPE para o ajudar?

segunda-feira, 28 de março de 2011

As funções das balanças de carga nas cabinas dos elevadores.

Falo hoje, muito sucintamente, de um dispositivo dos elevadores que, apesar de ter funções várias, para a maior parte das pessoas só têm a sua utilidade mais conhecida.
A balança de carga sofreu, aliás como grande parte dos componentes dos elevadores, uma evolução tecnológica muito assinalável, mas a maioria dos utilizadores dos elevadores só reconhece a sua funcionalidade quando a mesma produz um sinal sonoro, obriga o elevador a imobilizar a cabina, e “só se cala” quando um dos passageiros sai do elevador garantindo dessa forma que a carga do mesmo não está a ser ultrapassada.
A utilidade desta função é importante para a segurança dos passageiros e importante para a preservação de alguns componentes do elevador. Utilizar uma cabina com excesso de peso pode originar acidentes mais ou menos graves aos utilizadores do elevador, como seja acontecerem pancadas fortes nos amortecedores existentes no fundo do poço, paragens com desníveis acentuados aos pisos de patamar, e encarceramento dos passageiros por impossibilidade de abertura das portas.
É de assinalar que se já é desagradável ficar encarcerado sozinho numa cabina de elevador, mais desagradável é ficar retido na mesma cabina com uma “multidão” que não nos deixa espaço para qualquer movimento.
Para além de destes factores o desgaste no material provocado pelo funcionamento com excesso de carga é de tal forma brutal, que só por isso a balança justificava a sua existência.
Mas a balança de carga pode ter outras funções. Quero destacar apenas duas.
Em primeiro a utilidade que a balança de carga tem quando por falta de energia o elevador tem de “decidir” se vai movimentar a cabina para desencarcerar eventuais passageiros que tenham sido apanhados nesse momento dentro do elevador. Essa decisão é feita pela pesagem da cabina, que determina ou não a existência de passageiros.
Em segundo lugar uma capacidade da qual muito raramente os instaladores de elevadores tiram partido. A limitação mínima de peso para que a cabina aceite uma ordem do interior da cabina. Quer isto dizer que em alguns elevadores das marcas mais conceituadas é possível dar instruções ao comando para que não aceite ordens da botoneira de cabina quando, por exemplo, se registam menos de 40 kg no seu interior, impedindo desta forma que uma criança possa viajar sozinha nesse equipamento.
Esta segunda função é tão importante em termos de segurança que, para mim, é sempre um mistério entender porque é que tão poucas vezes se tira partido dela.
Se pensa que melhorar a segurança do seu elevador pode ser importante, porque não consulta a HAPE para o ajudar?

sexta-feira, 25 de março de 2011

A Luta contra o vandalismo nas cabinas dos elevadores.

O vandalismo nos elevadores é um flagelo que fica muito caro aos seus proprietários. Há muitas soluções de combate activo contra o vandalismo, mas outras soluções são tão ou mais válidas que aquelas que se nos deparam à primeira vista.
Hoje resolvi transcrever na integra um artigo de Boris Feldman publicado no site brasileiro da Concertec Elevadores. A minha experiência profissional comprova na integra a realidade das ideias explanadas neste artigo.
Brilhante.
Beleza usada como arma contra vandalismo em elevadores
Boris Feldman - Estado de Minas
A instalação de uma câmara de filmar não é a única arma para tentar evitar o vandalismo praticado em elevadores, e com certeza não é a mais barata. Riscos, desenhos e outras danificações podem ser evitadas através da associação de beleza e praticidade. E para isto, basta realizar pequenas reformas, ou simplesmente usar a criatividade para utilizar melhor o espaço interno do elevador.
As explicações para o ato de rabiscar as paredes do elevador são muitas. Entre as mais citadas está a tentativa de passar o tempo mais rapidamente e a de disfarçar a sensação de desconforto provocado pelo pouco espaço do elevador, um local considerado claustrofóbico por muitas pessoas.
Estudos de psicologia aplicada comprovam que a simples instalação de espelhos já diminuem estas sensações e, além de deixar o elevador esteticamente mais bonito, cria uma ilusão de amplitude.
Além do uso de espelhos, o cuidado com os revestimentos e pisos também é uma boa saída. E além de embelezar, o planeamento da decoração ajuda na redução dos custos de manutenção de elevadores. Materiais como aço, por exemplo, conferirem modernidade e sobriedade, e também são mais duráveis, o que diminui os custos com conservação.
Outra opção é o uso dos revestimentos folhados, que podem variar do marfim ao mogno e garantem um toque de sofisticação ao espaço. Até mesmo a fórmica assegura maior durabilidade ao elevador.
Os pisos, apesar de serem muitas vezes esquecidos, são muito observados por pessoas que, por timidez ou medo, passam todo o tempo em que estão dentro de um elevador olhando para o chão. O granito é um dos produtos que dão beleza, durabilidade e também são fáceis de manter.
Especialistas afirmam que é muito mais comum a destruição de locais feios e desconfortáveis, do que de ambientes agradáveis e bonitos. Por isso procure não economizar nos detalhes do elevador, para gastar menos dinheiro na manutenção e conservação do mesmo.
Criatividade ajuda a passar o tempo. Uma outra boa opção para evitar o vandalismo no elevador é oferecer aos seus ocupantes mais do que apenas um meio de transporte entre um andar e outro. A contemplação do belo, até mesmo informações e entretenimento em uma tela ou a leitura de informações interessantes são algumas maneiras de abreviar o tempo de viagem.
Por isso é sugerida a fixação de quadros de pintura ou de quadros de avisos nos elevadores. E lembre-se que você deve tentar agradar o maior número de pessoas possível. Para isto, no quadro de avisos coloque informações para adultos, adolescentes e também crianças.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Protecção contra entalamento nas portas automáticas dos elevadores.

Interessa-me neste pequeno texto relevar a extraordinária evolução que a protecção contra o entalamento das pessoas nas portas automáticas dos elevadores conseguiu nos últimos anos.

As portas automáticas de cabina e patamar não são propriamente uma novidade no mundo dos elevadores, mas só há relativamente poucos anos se generalizaram quer devido à evolução tecnológica quer à necessidade do cumprimento da lei.

No início a protecção contra entalamento era garantida apenas por uma célula fotoeléctrica que criava um feixe único de protecção colocado sensivelmente à altura dos joelhos, e que quando é interrompido obriga ao retorno da porta à sua posição de aberta.

Posteriormente foram tornadas vulgares as “barreiras” de luz que alargaram a protecção a toda a altura (ou quase) do vão da porta. Estas “barreiras” são aquelas que mais se aplicam na actualidade.

Mas as barreiras anteriormente referidas são quase pré-históricas em relação àquelas que alguns construtores comercializam para os seus equipamentos de topo. São barreiras tridimensionais que detectam a aproximação dos passageiros e não fecham a porta antes do mesmo estar dentro da cabina.

Aliam as suas virtudes tecnológicas às melhorias de desempenho que também as portas conseguiram adquirir quando passaram a ser munidas de variação de frequência. Como as portas puderam passar a ter diferentes forças para activar a reabertura mediante a posição em que se encontra mo percurso de encerramento, a probabilidade de que alguém se magoe com uma porta fica reduzida praticamente a zero.

Não chegando estas melhorias de segurança dos utentes, ainda se pode juntar a isto um “semáforo” que assinala com uma luz vermelha o início do encerramento da porta e que fica verde enquanto a mesma está aberta. Tudo isto ainda com um sinal sonoro de alarme de fecho de porta, muito útil para utilizadores invisuais.

Se a segurança é uma preocupação para si, porque não consulta a HAPE para o ajudar a melhorar os seus equipamentos?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Elevadores hidráulicos e eléctricos. Quais as diferenças?

Por diversas vezes me interrogaram para tentar explicar o porquê de existirem dois conceitos técnicos tão diferentes para o fabrico de elevadores, e quais as vantagens de um em relação ao outro.
Realmente para o comum utilizador do equipamento a maior parte das vezes nem se apercebe se está a fazer a viajar num elevador eléctrico ou hidráulico.
Há uns anos atrás o conceito hidráulico tinha a preferência dos arquitectos que idealizavam os edifícios. Apenas com equipamentos deste tipo era possível eliminar as inestéticas casas das máquinas nos telhados, eram os únicos equipamentos que, por via de uma válvula de queda, permitiam que em caso de falta de energia a cabina se deslocasse ao piso mais baixo e abrisse as portas (evitando o encarceramento), e o conforto da viagem era bastante melhor do que o que se conseguia com os elevadores eléctricos.
Havia a limitação do número de pisos servido, mas, para o tipo de edifícios que se utilizavam em Portugal, a tecnologia dos hidráulicos chegava para a grande maioria dos requisitos.
Entretanto os elevadores eléctricos tiveram uma evolução técnica enorme, e os hidráulicos ficaram donos de uma série de limitações pouco invejáveis.
- São mais lentos do que os seus irmãos eléctricos
- São muito menos ecológicos do que os eléctricos porque consomem uma quantidade enorme de óleos.
- A manutenção é muito mais cara do que a de um elevador eléctrico com a mesma utilização e performance.
- Para um desempenho semelhante, consomem mais energia do que os elevadores eléctricos.
Também com o tempo os elevadores eléctricos foram conseguindo ultrapassar aquilo que lhes tirava vantagem no confronto com os hidráulicos. Deixaram de ter casa das máquinas (nem no telhado nem noutro lado qualquer), passaram a ter dispositivos de evacuação automática, a variação de frequência trouxe-lhes uma suavidade de viagem melhor que a de qualquer hidráulico, tornaram-se muito ecológicos (há vários fabricantes de topo que anunciam elevadores “verdes” com consumos de fluidos próximos do zero), e ganharam precisão de paragem e acerto ao piso que são notáveis.
Então para que servem os hidráulicos?
Este tipo de equipamentos ainda mantém uma forte versatilidade estética quando se trata de elevadores panorâmicos. Qualquer arquitecto fica radiante com as possibilidades de criatividade que um elevador hidráulico lhe permite, e sente imenso gosto em poder desenvolver um projecto que esteticamente é muito próximo do que o que ele idealizou para um determinado edifício.  
E realmente há verdadeiras obras de arte neste campo.
Salvo raras excepções, para o resto das opções, os hidráulicos são, neste momento, uma solução muito pouco válida.
Se alguma vez tiver dúvidas sobre este assunto, consulte a HAPE.

sexta-feira, 18 de março de 2011

A comunicação bidireccional nas cabinas dos elevadores.

Com a publicação do Decreto-Lei nº 295/98, que transcreveu as normas europeias de segurança de ascensores contempladas na directiva 95/16/CE, passou a ser obrigatório, para todos os elevadores colocados em marcha após 1 de Julho de 1999, a existência de um sistema de comunicação bidireccional da cabina do ascensor para o exterior.
Essa comunicação fica, geralmente, ligada à central de emergência da EMA responsável pelo equipamento em questão, e permite que a pessoa encarcerada na cabina consiga de uma forma autónoma pedir ajuda a quem possa efectivamente prestar assistência nessa circunstância.
Para muitas pessoas ficarem fechadas dentro de uma cabina de elevador de forma involuntária é uma situação de desconforto e pânico, e o facto de conseguirem comunicar com o exterior é suficiente para garantir um conforto e bem-estar que ajuda muito a superar o tempo de clausura forçada.
Com a existência da linha telefónica activa no elevador, alguns fabricantes de topo passaram a incluir nos equipamentos sistemas de tele-monitorização que permitem a detecção de comportamentos estranhos de componentes, correcção de algumas avarias de cariz electrónico e informático, e a percepção de avarias mecânicas que requerem a deslocação do técnico à instalação.
Assim os elevadores passaram a estar munidos, obrigatoriamente, de uma extraordinária ferramenta de segurança que está ali apenas à distância da pressão de um botão.
O pior é que uma percentagem muito significativa de linhas telefónicas instaladas nas cabinas dos elevadores encontra-se inoperacional. E há vários motivos para que isso aconteça.
O primeiro motivo é o não pagamento da linha telefónica ao fornecedor do serviço, depois segue-se a avaria do equipamento que faz disparar a chamada telefónica para o exterior, em seguida aparecem as situações em que o elevador mudou de EMA e a nova empresa, não tendo capacidade para reprogramar o aparelho, opta para o desactivar. Depois há ainda mais uma série de razões para que os mesmos não funcionem, todas elas devido à incúria, desleixo ou irresponsabilidade de alguém.
As EMA de maior relevância possuem procedimentos para a verificação regular e sistemática das comunicações bidireccionais, mas isso não se passa na totalidade das empresas que estão no mercado.
Aliás a funcionalidade das comunicações bidireccionais nos elevadores instalados depois de Junho de 1999 não é sempre igual. Para os elevadores instalados depois de Junho de 2004, o Despacho 10500 / 2004 da Direcção-Geral de Geologia e Energia já prevê o cumprimento da EN 81-28 de 2003, o que obriga, entre outras coisas, que as comunicações bidireccionais sejam testadas de 72 em 72 horas.
Arriscaria a dizer que em Portugal apenas uma reduzidíssima percentagem desses equipamentos cumpre a legislação, situação que vai sendo permitida pelo desconhecimento da lei do proprietário do elevador, incapacidade técnica de grande parte das EMA que estão no mercado, e o desleixo das entidades fiscalizadoras.
Porque existem estes meandros técnicos e legislativo é que a HAPE tem um papel tão importante no mercado. Não estará na altura de começar a procurar a nossa ajuda?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Poupar energia é inteligente.

Pequenas modificações nos elevadores podem conduzir a poupanças significativas na factura mensal da energia.
Os casos mais conhecidos são a substituição das lâmpadas de iluminação de cabina por outras de baixo consumo ou tecnologia LED, e a adaptação da mesma iluminação da cabina com sistema que a luz desligue quando o equipamento está imobilizado mais do que x minutos.
Mas existem outras formas de apresentar grandes reduções de consumo em edifícios com 2 elevadores.
Muita gente pensa que desligar um elevador é uma solução para reduzir o consumo energético, e ficam muito admirados quando no mês seguinte a factura da luz é ainda maior. Isso acontece porque os tempos de espera em patamar se tornam muito maiores dado que a probabilidade de existir um elevador próximo do utilizador se torna muito mais baixa e o número de viagens da cabine vazia são mais e de maior percurso.
A solução mais económica é mesmo manter os dois equipamentos em funcionamento, desde que os mesmos sejam de funcionamento duplex.
Se viver num prédio em que os elevadores ainda não sejam duplex, peça à sua EMA um orçamento para essa modificação. Peça também um estudo da poupança de energia estimável para essa modificação. Vai ficar admirado com o que se pode poupar com essa modificação.
Também pode perguntar que tipo de comando está instalado nos elevadores. A melhor solução para edifícios de habitação é o comando colectivo à descida.
Com estas soluções a sua factura energética vai diminuir e o conforto das viagens será muito maior.
Mas também se podem adaptar escadas e tapetes rolantes a poupanças energéticas de monta. Alguns equipamentos mais modernos (e que estão dotados de variação de frequência) utilizam um sistema denominado “STOP AND GO” que se caracteriza pelo facto das escadas ou tapetes se imobilizarem x segundos depois do último utilizador terminar a viagem. À entrada dos equipamentos existe um semáforo vermelho ou verde que nos indica o sentido da marcha desses equipamentos, e quando se dá a aproximação de um novo utilizador os mesmos entram automaticamente em movimento gradual.
Quase todas as escadas e tapetes podem sofrer esta adaptação. Nas que têm variação de frequência o investimento é menor, nas outras a adaptação é mais complexa. De qualquer forma o resultado final é ecologicamente e financeiramente bastante interessante.
Se quiser acompanhamento para começar a pensar nestas soluções de poupança de energia, não hesite em consultar a HAPE.

sexta-feira, 11 de março de 2011

O meu elevador foi inspeccionado e teve cláusulas C2. O que é que isto quer dizer?

Se o resultado da inspecção periódica foi uma surpresa para si, está na altura de ter uma conversa muito séria com a EMA que tem a responsabilidade sobre os seus equipamentos.
Mas isso é assunto para outra crónica. Hoje limitar-me-ei a dar algumas dicas sobre o funcionamento das inspecções periódicas.
As inspecções periódicas incidem sobre todo o parque instalado de ascensores, escadas e tapetes rolantes, e destinam-se a verificar a segurança desses equipamentos. São feitas, como o seu nome indica, periodicamente, variando o intervalo de tempo entre as mesmas pela idade do equipamento, tipo de equipamento e utilização do edifício.
Quando a DGEG (Direcção-Geral de Energia e Geologia) passou a responsabilidade da fiscalização de segurança dos elevadores (falemos em elevadores para englobar todo o tipo de equipamento sujeito a este tipo de inspecções) para as Câmaras Municipais, que por sua vez contratam esse serviço a outros organismos autorizados, houve necessidade de estabelecer regras que uniformizassem os critérios de atribuição de cláusulas aos equipamentos que fossem inspeccionados.
Então definiram-se 3 tipos de cláusulas (e abreviando): as C1 que no fundo são apenas recomendações, as C2 que permitem que o elevador fique em funcionamento mas que determinam um certo tempo para que haja uma reparação, e as C3 que, sendo tão graves, obrigam à imediata imobilidade do elevador que apenas pode ser reposto em marcha após a reparação da inconformidade.
Para baralhar um pouco mais as coisas, e num daqueles mistérios legislativos que Portugal é tão pródigo, nem todos os elevadores são inspeccionados à luz das mesmas regras, sendo necessário saber o ano de entrada em serviço do elevador para se poder saber qual a legislação que se lhe aplica.
O assunto “inspecções periódicas” dá pano para mangas em termos do que se pode escrever a respeito, e deve ser tratado por qualquer pessoa com o mínimo de responsabilidade de uma forma muito séria.
Antes de qualquer inspecção periódica (e mesmo que as inspecções periódicas não existissem) a EMA deve informar o seu cliente do estado técnico da segurança dos elevadores. Só dessa forma se pode garantir a segurança permanente dos utilizadores dos equipamentos.
Sempre que tiver dúvidas em relação a este assunto, e não se sentir devidamente esclarecido pela sua EMA, fale com a HAPE. A segurança está sempre em primeiro lugar.
   

quarta-feira, 9 de março de 2011

Porquê contratar a HAPE num momento de crise tão profunda?

Nos momentos de crise o instinto de sobrevivência obriga-nos a ser mais atentos à forma como fazemos a gestão dos recursos que dispomos.
Em todos os momentos um gestor é obrigado a tomar as decisões de forma a conseguir o melhor negócio para a entidade que está a administrar, mas numa fase em que a competitividade é muito alta e o dinheiro escasso, uma má opção pode ser fatal para um projecto ou ideia.
Por isso o apoio da HAPE é ainda mais racional numa contingência económica como a que estamos a atravessar.
Conseguir poupar dinheiro sem abdicar do serviço que nos prestam ou do bem que nos fornecem é, no caso dos elevadores como em qualquer outro caso, uma obrigação de quem tem de tomar conta de um orçamento emagrecido pela crise.
Apesar de a decisão ser sempre do gestor, apenas um profissional do sector tem a capacidade de o informar sobre as alternativas existentes e dos perigos ou omissões que uma determinada opção pode acarretar.
 O peso da manutenção dos elevadores num orçamento de gestão de um edifício é sempre percentualmente muito elevado, e qualquer redução que se consiga é sempre muito relevante. Por outro lado fazer uma opção “economicista” em detrimento do serviço que nos prestam não se traduz, de certeza absoluta, numa possibilidade inteligente.
Também na opção da compra de um equipamento novo as opções têm de ser racionais. Muitas vezes as pessoas que definem os elevadores para um edifício esquecem-se que a crise vai passar, mas aqueles elevadores (impróprios para aquele edifício) vão ficar lá a dar dores de cabeça durante anos e anos.
Investir um pouco de capital na HAPE pode ser a solução para poupar dinheiro e tomar as decisões mais racionais e interessantes.
Consulte-nos

segunda-feira, 7 de março de 2011

UMA MENTIRA: OS ELEVADORES SÃO TODOS IGUAIS!

A maior parte das pessoas que diariamente utilizam elevadores nas suas deslocações, não se apercebem da evolução tecnológica que os mesmos têm sofrido ao longo dos anos.
Fazer a analogia entre elevadores e automóveis é uma imagem gasta e recorrente, mas é bastante elucidativa do que se passa entre os dois equipamentos.
Toda a gente entende que um carro dos anos 70 do século passado tem, tecnologicamente, muito pouco de semelhante com que são construídos nos dias de hoje.
No seu aspecto e funcionalidade as coisas mantiveram-se muito parecido, mas ao nível de segurança activa e passiva, consumo, conforto, etc., só quem estiver muito distraído pode não ter notado as diferenças.
Com os elevadores passou-se exactamente a mesma coisa. A evolução das máquinas, performances, consumos, conforto, e, essencialmente, comandos, faz com que comparar um elevador dos anos 70 com um actual seja próximo de comparar um “carocha” com um dos novos veículos eléctricos actualmente em circulação.
No mercado automóvel, no entanto, se uma marca não tiver acompanhado a evolução tecnológica, não consegue vender uma unidade que seja. Ninguém nos dias que correm compraria um carro de 4 velocidades, sem airbags, com travões mecânicos, rádio com leitor de cassetes, etc. etc.
Curiosamente no mercado dos elevadores não se passa a mesma coisa. O cliente é muito menos criterioso porque, na maior parte dos casos, não vai utilizar no seu dia-a-dia o elevador que está a comprar. Neste momento é necessário ser competitivo e o factor preço (apesar do custo do elevador no momento da construção do prédio ser quase irrelevante) é o principal factor para determinar a escolha do equipamento a instalar.
Por isso voltam a ser instalados em edifícios novos elevadores que tecnologicamente estão ao nível do que se fazia nos anos 70. Ainda há pouco tempo vi um orçamento para a instalação de um elevador num prédio novo que se referia a um elevador que nem era de variação de frequência nem de duas velocidades, mas sim de uma velocidade. Mesmo nos anos 70 já não havia muitos elevadores com essas características a ser instalados no mercado.
Quer isto dizer que antes de instalar o aparelho já ele estava completamente obsoleto. Perguntei ao construtor se ele estava consciente que instalar uma coisa daquelas era semelhante a comprar uma televisão de válvulas a preto e branco na era dos LCD, e ele respondeu-me que não ia ser o elevador que ia fazer com que os apartamentos se vendessem melhor ou pior e acrescentou que a cabina nem era nada feia ou antiquada.
Para um prédio de nove moradores a “poupança” foi de cerca de 2.500,00€ em relação a um elevador a sério, o que deu qualquer coisa como 300,00€ por cada apartamento. Garanto que cada um daqueles moradores vai maldizer esta “poupança” nos próximos anos.
E a verdade é que foi esse equipamento que foi escolhido e instalado.
Se precisar de apoio no momento da decisão de compra de um elevador, consulte a HAPE.

sexta-feira, 4 de março de 2011

ELEVADORES EM MORADIAS UNIFAMILIARES

Na última década deu-se uma verdadeira explosão no que se refere à instalação de elevadores em moradias unifamiliares.
Seja por questões de status ou de necessidade, passou a ser normal encarar a montagem de um elevador para serviço de uma moradia.
Em alguns casos esse elevador serve apenas para, quando os fortes declives do terreno assim o obrigam, a facilitar o acesso da garagem, que se situa ao nível da estrada, até ao nível da casa, que está uns metros acima ou abaixo da mesma. Noutros casos trata-se mesmo de facilitar o acesso entre os pisos da moradia, prevendo não só o bem-estar dos moradores, mas também a mobilidade de cadeiras de rodas ou pessoas com dificuldade de locomoção.
Algumas vezes a escolha dos equipamentos que se vão instalar é cuidadosa e acaba por se instalar um elevador com condições técnicas apropriadas à necessidade e segurança dos seus utilizadores, mas a maior parte das vezes isso não acontece.
Vamos imaginar um cenário perfeitamente vulgar. Uma pessoa está sozinha em casa, entra no elevador e, por um motivo qualquer, “dispara” o disjuntor do quadro geral ficando a casa sem energia.
Se for um equipamento preparado para este tipo de utilização, o elevador vai realizar automaticamente uma manobra de aproximação ao piso mais próximo ou (no caso dos hidráulicos) ao piso mais baixo, abrirá a porta e a pessoa estará desencarcerada.
Noutro tipo de equipamento a situação é completamente inversa. Encarcerada dentro da cabina a pessoa irá tentar utilizar a comunicação bidireccional para chamar a assistência. Se o sistema não estiver preparado para funcionar sem alimentação da rede, pode acontecer que a comunicação bidireccional nem sequer dispare.
Mas pode ser que a pessoa consiga usar o seu telemóvel para chamar a assistência. Quando a assistência técnica chegar quem lhe vai abrir a porta de casa, se a pessoa está presa dentro do elevador?
Conheço casos de pessoas que passaram várias horas presas em elevadores de moradias e que só foram resgatadas depois de chegar a casa outro morador.
Por isso há três salvaguardas que são importantes: Primeiro comprar um equipamento que tenha padrões de segurança elevados. Segundo evitar utilizar o elevador quando está sozinho em casa. Terceiro tentar adaptar o seu equipamento com alguns “extras” de segurança.
Esses “extras” serão:
- Sistema de evacuação automático no caso de falta de energia
- Comunicação bidireccional por GSM com alimentação autónoma em caso de falha de energia
- Dispositivo de abertura de porta da residência do interior da cabina do elevador para permitir a entrada de socorro.

Se este texto lhe levantou dúvidas e necessita de ajuda, não hesite em contactar a HAPE. Uma forma fácil é através do nosso email geral.hape@gmail.com

quarta-feira, 2 de março de 2011

GRANDE MODERNIZAÇÃO OU SUBSTITUIÇÃO INTEGRAL DO ELEVADOR?

Há um momento na vida de um elevador em que fazer qualquer reparação já é um disparate.
O elevador tornou-se de tal forma obsoleto, desconfortável, inseguro, ilegal, gastador de energia e dinheiro, que a única solução é mesmo a sua profunda modernização ou substituição.
O que fazer nessa altura? Uma substituição integral? Uma grande modernização?
Para a maior parte das pessoas essa é uma decisão que dificilmente se consegue tomar sem uma ajuda. Uma ajuda técnica profissional.
O que é que essa opinião profissional lhe vai dizer?
Vai-lhe dizer que um elevador novo, na maior parte das vezes, custa menos dinheiro que uma modernização. Mas também lhe vai dizer que as obras de construção civil para adaptar um elevador novo no poço existente podem custar mais dinheiro do que o próprio elevador.
Também lhe vai dizer que um elevador novo se monta em muito menos dias do que aqueles que são necessários para uma modernização. Mas que a construção civil pode obrigar a paragens de muitos dias para além dos necessários à montagem.
Ainda lhe vai dizer que o barulho da construção civil e da montagem do elevador novo é muito mais perturbador que aquele que se faz durante uma modernização.
E, ao contrário do que parece quando se lê esta opinião, que há lugar para a colocação de elevadores novos e lugar para as grandes modernizações.
Tomada a decisão de qual das opções se vai tomar, partimos para uma nova fase. Escolher o fornecedor do serviço e a época do ano em que a obra se pode realizar com o mínimo de incómodo para os utilizadores.
A época do ano é a decisão mais fácil. Aparentemente o período das férias pode ser uma boa opção, ou qualquer outra data que tenha relação com a utilização do edifício.
Quanto à escolha do fornecedor volta a ser necessária uma boa reflexão. Quem tem o melhor produto em relação à qualidade/preço? Quem tem melhor histórico e experiencia neste tipo de obras? Quem tem as melhores condições de pagamento ou linha de financiamento? Quem tem melhores prazos de entrega e tempo de execução? Etc. etc.
Novamente a experiência de um profissional é muito importante. Ele pode ser fundamental para a escolha da melhor opção e também para a garantia da salvaguarda dos interesses do cliente no momento da assinatura do contrato. Neste contrato são fundamentais as cláusulas compensatórias por incumprimento, e apenas um profissional pode avaliar da sua razoabilidade.
Noutro dia falaremos sobre os motivos que podem fazer com que uma modernização seja uma opção interessante ou obrigatória.
Que estiver a ser confrontado com a necessidade de fazer uma obra deste tipo, porque não contrata a HAPE para o ajudar?

É POSSÍVEL POUPAR DINHEIRO NA MANUTENÇÃO DOS ELEVADORES?

É.
É possível poupar muito dinheiro por ano na manutenção dos elevadores.
Sem truques e sem aldrabices o proprietário de um elevador pode, especialmente a longo prazo, ter uma redução significativa nos custos de manutenção do seu equipamento.
Primeiro com a escolha do tipo de contrato que assina com a EMA. Nem sempre a melhor opção é um contrato completo, e nem sempre a melhor opção é um contrato simples.
Depois jogando com a confiança e relação comercial que estabelece com a EMA. Um cliente cumpridor tem mais direito a beneficiar e exigir da EMA do que um cliente que permanentemente apresenta saldos por liquidar.
Regatear um preço, mostrando conhecimento sobre o que se passa na concorrência, é a função de quem paga. É uma arte, e um dever.
Aprovar um orçamento de reparação com celeridade pode ser, por contraproducente que isso possa parecer, um factor de poupança. A minha experiência profissional tem na memória um enorme rol de casos em que o cliente não quis fazer uma pequena reparação, e esse componente danificado veio a causar danos muito mais elevados no resto do equipamento.
De seguida tendo um seguro do equipamento que cubra os danos de vandalismo e os provenientes de factores externos (inundações, “picos” de corrente, má utilização do equipamento, etc.). Imputar esses custos à seguradora ou directamente a quem provocou os danos é obrigação de uma boa gestão.
Ainda combinando com a EMA um plano de modernização do equipamento de forma a mantê-lo sempre operacional, dentro de elevados padrões de segurança, e actualizado. Um elevador obsoleto é uma fonte constante de despesas. Os componentes estão descontinuados, não existem em stock, e a sua substituição é sempre complicada e cara.
Uma pequena modernização do equipamento pode trazer poupanças ao nível da energia consumida que em relativamente pouco tempo se tornam significativas. Às vezes é só alterar a iluminação da cabina.
Uma gestão cuidada dos elevadores pode traduzir-se em poupanças anuais na ordem dos 40%. E nos tempos que correm….
Foi para fazer este trabalho que nasceu a HAPE.

terça-feira, 1 de março de 2011

O site da HAPE está quase pronto

Fico muito satisfeito de puder afirmar que o nosso site está quase pronto.
Foi uma escolha complicada a definição das funcionalidades do site.
Especialmente por causa do consultório online.
No fundo o consultório é a mais importante ferramenta do site e aquela em que depositamos mais esperança em que seja um canal aberto para todos os que têm dúvidas sobre elevadores.
O consultório terá uma secção técnica e outra jurídica, e reger-se-á pelos mais elevados padrões deontológicos e éticos.
Para a nossa assessoria jurídica escolhemos um especialista em direito comercial que aceitou estudar profundamente a legislação aplicável ao sector dos elevadores, para poder responder de uma forma responsável às questões daqueles que nos consultam. Com a cédula profissional 4406P, o Dr. Carlos Pinto Cardoso vai ser uma mais-valia para os objectivos que nos propomos atingir.
O site terá também uma secção de utilidades que facilitarão em muito a vida aqueles que no dia-a-dia sentem que precisam de algum apoio no campo dos elevadores.
Espero que o dia de colocar o site on line esteja mesmo para breve. Aguardemos.

Por vezes é bom que os elevadores avariem.

Várias vezes na minha vida profissional fui confrontado com proprietários de elevadores que me diziam que os elevadores deles "davam muitas avarias" enquanto tinham estado com manutenção de uma determinada EMA e que tinham deixado de dar avarias quando tinham passado para outra até menos conhecida e muito mais barata.
Sempre achei fantástico que alguém pudesse supor que uma pequena empresa local tivesse capacidade técnica superior a uma grande multinacional do sector, mas ainda mais me surpreendia o facto de não acharem estranho que tal coisa se passasse.
É conhecido que a grande maioria das avarias (que não têm origem em vandalismo) são originadas pela quebra de uma das seguranças do elevador. Os elevadores têm algumas dezenas de seguranças que, no momento em que o equipamento detecta uma falha, se imobiliza ou assume um comportamento diferente do que seria normal. São essas seguranças que fazem com que um elevador em bom estado de conservação seja o meio de transporte mais seguro do mundo.
Uma empresa de manutenção (e o seu técnico) conscienciosa mantém todas as seguranças em funcionamento mesmo sabendo que em alguns casos isso pode ser origem de paragens mais frequentes. A segurança está sempre em primeiro lugar.
Infelizmente há outras empresas que estão muito longe de ter esse tipo de preocupação. Por questão de falta de formação, vontade de agradar ao cliente, ganância no lucro fácil, ou qualquer outra situação acabam por ser permissivos e arriscarem a segurança dos utilizadores dos equipamentos a que fazem manutenção.
Na maior parte das vezes um simples "chantar" de uma das seguranças que está a dar avarias é o suficiente para parecer que foi resolvido um grande problema.
O que é curioso é que muitas vezes estas atitudes são tomadas pelos técnicos à revelia da sua entidade patronal. Se uma empresa não tiver na sua estrutura uma cadeia de fiscalização técnica (supervisor, auditor da qualidade, etc.) uma situação desse tipo pode passar despercebida durante muitos meses ou anos.
Por muito que desagrade aos proprietários dos elevadores o facto deles terem avarias deve ser visto como algo natural e positivo. Há padrões de normalidade que se podem aplicar a cada elevador (mediante a sua idade, marca, utilização do edifício, etc. etc.) que nos dizem se o que se está a passar é o espectável. Se assim for não devemos culpar os técnicos ou as empresas de manutenção das avarias que se estão a verificar.
Mas o mais importante é não sermos ingénuos ao ponto de supor que o elevador deixou de “dará avarias” por obra de um milagreiro que encontramos em saldo ali mesmo ao virar da esquina.