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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Os elevadores velhos que devem ser modernizados.


Li um artigo francês que refere que cerca de 100.000 pessoas ficam todos os anos presas nos elevadores da região da Ile-de-France.

Nessa região, que incluiu Paris, mais de 50% dos elevadores têm mais de 40 anos.

Podemos ver neste cenário os centros das nossas cidades de Lisboa e Porto.

O artigo centra-se no tema da aplicação das novas legislações de segurança que estão a ser aplicadas aos elevadores em França, e no pouco tempo que já resta para que todas as obras estejam concluidas.

Mas não é sobre esse assunto, que em Portugal não está tão na berra porque não há prazos para cumprir, que eu me lembrei de escrever.

Foram duas outras frases que me fizeram reflectir. A primeira avisa que o envelhecimento da população vai fazer com que exista mais dependência dos elevadores. E a segunda era que em média o custo de cada modernização está em média nos 20.000€.

O primeiro ponto é de uma evidência chocante, e reflete o mesmo cenário que se verifica também em Portugal.

O segundo ponto é a consequência dos proprietários dos elevadores deixarem a decisão da modernização para a última hora e perderem poder negocial com as empresas de elevadores.

20.000€ é mais do que aquilo que custa um elevador novo, e por isso há um pouco de aproveitamento das circunstâncias, mas também não estamos a falar em grandes margens de lucro porque a modernização de um elevador acarreta muitas horas de mão-de-obra qualificada.

De qualquer modo a melhor solução é sempre palnificar com tempo a modernização, estudar as alternativas que existem no mercado, e fazer a melhor opção técnica e financeira.

É isto que a HAPE faz, e é nisto que o podemos ajudar. Contacte-nos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Que componentes dos elevadores avariam com mais facilidade?


Um elevador tem, por norma, três tipos de avarias.

Quando o elevador é novo, e durante as primeiras centenas de manobras, podem ser detectadas paragens causadas por erros e deficiências de montagem. Para que estes casos não aconteçam é muito importante a escolha adequada da equipa que faz a montagem do elevador.

Numa segunda fase aparecem as avarias provocadas por falhas de fabrico e que se manifestam normalmente durante os primeiros dois anos de vida do equipamento.

Por fim surgem as avarias de desgaste dos componentes. Aparecem normalmente após os primeiros dois anos de idade do equipamento e duram toda a sua vida útil.

Há ainda um tipo de avarias mais raro que se verifica quando estamos a falar de elevadores de modelos muito novos e que apresentam anomalias relativas a erros de concepção dos componentes. Erros esses que depois de detectados costumam ser corrigidos pelo próprio fabricante.

Mas não referi quais são então os componentes com mais avarias. São por norma componentes eléctricos e electrónicos, especialmente associados às portas e ao comando do elevador.

São também vulgares as avarias provocadas por componentes que sofrem desgaste pela sua acção de mobilidade, como sejam os roletos das portas e as roçadeiras de cabina e contrapeso.

A grande maioria das avarias tem a sua origem em deficiência de manutenção, e quando faço esta afirmação não estou a acusar as empresas de manutenção desse facto. Muitas vezes as EMA sabem muito bem quando devem fazer a substituição de um componente, mas a pressão que têm do seu cliente é tão grande que preferem não fazer essa proposta.
 
Outra parte significativa das avarias tem origem na fraca qualidade dos componentes que são usados pelos fabricantes. Muitas vezes em prole da capacidade de manter os seus produtos concorrênciais os fabricantes optam por utilizar materiais mais baratos e falíveis.

Os grandes fabricantes de elevadores têm quase sempre equipamentos que nunca avariam. Possuem circuitos electrónicos alternativos, componentes mais resistentes e materiais mais nobres, do que aqueles que utilizam nos elevadores que nós utilizamos no nosso dia-a-dia.

Mas todos temos que perceber que quando estamos a falar de um elevador com 30 ou mais anos, que nunca foi modernizado e que continua a trabalhar em pleno todos os dias, as paragens que esse equipamento apresenta já não podem ser consideradas avarias. Há muito que a vida dessa máquina chegou ao fim, e o seu dono deve estranhar é as alturas em que ele ainda anda, não quando ele para. Parado é o seu estado natural…

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Oportunidade para renegociar os contratos de manutenção

Quase a totalidade dos contratos de manutenção de elevadores são automaticamente renovados no final da sua vigência original.

Quer isto dizer que se uma das partes não denunciar a sua não renovação os mesmos se eternizam ao longo dos anos.
Na maior parte das situações os contratos de manutenção de elevadores são pouco interessantes para os donos dos elevadores, e muito interessantes para as empresas de manutenção.

Por isso os donos dos elevadores, ou os seus representantes legais (que no  caso dos edifícios de habitação são muitas vezes empresas de gestão de condomínios), devem estar atentos às datas de término dos seus contratos para os poderem denunciar dentro do prazo estipulado.
A grande maioria dos contratos de manutenção termina entre o final do ano e o final do primeiro trimestre (fim de Março), e isto deve-se a dois factores. O primeiro porque antigamente era comum acertar o final dos contratos com o final do ano civil, e por isso existe uma grande quantidade de contratos que termina a 31 de Dezembro. O segundo porque muitos contratos são renegociados em resultado das reuniões anuais dos condomínios, que ocorrem por tradição nos primeiros meses do ano, e acabam por fazer surgir um grande número de contratos com final durante esses meses.

A grande maioria dos contratos recentes tem como data de denúncia para a sua não renovação 90 dias antes da data do fim, mas existem casos em que essa data varia entre os 30 dias e os 180 dias.

O que quero dizer é que cerca de 60% dos contratos de manutenção vão terminar nestes 90 dias que medeiam o 31 de Dezembro e o 31 de Março, e que o seu período de denúncia vai começar no final de Setembro.
Esta é a oportunidade para conseguir uma renegociação dos contratos realmente interessante para os donos dos elevadores, mas para isso é necessário estar muito atento às datas que se têm de respeitar.

Renegociar um contrato não é apenas conseguir um bom preço. É sobretudo conseguir condições que permitam um serviço apropriado às nossas necessidades e que não haja uma permanente pressão para se perceber se estamos a poupar no contrato e a pagar nas peças.

A HAPE é especialista neste assunto. Fazemos acordos para os nossos clientes de maneira a defender os seus interesses a todos os níveis.

Procure-nos! Fale connosco! De certeza que o vamos conseguir ajudar a fazer o melhor acordo possível.

Nós sabemos tudo, mas mesmo tudo, sobre elevadores.

domingo, 12 de agosto de 2012

O que tem andado a fazer a HAPE?


Há algum tempo que deixei de escrever com regularidade neste blogue, e ontem, depois de um silêncio de algumas semanas, escreveu-me uma pessoa a dizer que gostava de ir acompanhando os textos aqui publicados e que muito estranhava eles estarem a ocorrer com menor frequência.

Julgava essa pessoa que a actividade da HAPE estava a esmorecer e que tinha terminado o “folego ao prosador” (e estou a copiar do texto recebido).

Realmente nada de mais errado.

Nos últimos meses estivemos muito ocupados com o apoio a alguns clientes de grande dimensão que recorreram aos nossos serviços para conseguirem melhorar as suas condições contratuais com as empresas de elevadores.

Foram especialmente relevantes nos últimos meses os trabalhos que desenvolvemos com o INATEL, as Lojas Pingo Doce, os Hotéis Meliã e Tryp, e as Escolas de Hotelaria do Turismo de Portugal. Isto apenas para referir algumas das nossas parcerias de maior relevância.
Em termos de negócios realizados este ano, as nossas parcerias já permitiram aos nossos clientes poupar, e apenas nos 3 anos seguintes ao nosso envolvimento, mais de um milhão de euros. Leram bem… mais de um milhão de euros!

Este trabalho deixa pouco tempo para manter a actualização do blogue nos níveis que eu gostaria, mas sempre que há um tempito, lá tento ir actualizando a coisa.

Para além desse trabalho de apoio aos nossos clientes, o lançamento do novo protocolo HAPE HABITAÇÃO CONTROLADA também tem sido responsável pelo consumo de muita energia. Fazer bem um protocolo com o fundamento deste, implica acordos e reuniões que ocupam muitas e muitas horas.

Apesar de sermos uma empresa muito nova, e os tempos estarem muito difíceis, parece que a nossa implantação no mercado está a ocorrer de uma forma muito consistente. Esperemos ter cada vez mais gente a procurar o nosso apoio para conseguirmos conseguir aumentar a nossa influência neste negócio que tão bem dominamos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Protocolo HAPE HABITAÇÃO CONTROLADA


A HAPE tem vindo a desenvolver uma série de protocolos que visam conseguir melhores condições para os seus clientes.

Depois de termos estado a trabalhar durante uns meses com protocolos celebrados para hotelaria, saúde e cultura, resolvemos abraçar o maior desafio da nossa ainda curta carreira. O mercado da habitação.

Conscientes do difícil momento que o país atravessa desenhamos um produto especifico para todos os que sentem necessidade de reduzir substancialmente os seus custos de manutenção dos elevadores.

Assim assinamos com algumas EMA’s de grande prestígio internacional um protocolo que permite apresentar ao mercado um contrato de manutenção simples a partir dos 26,72€ por mês (acresce IVA) e por elevador.

Como é óbvio um produto com preços tão reduzidos, e com o serviço a ser prestado por empresas de grande prestígio na praça, tem que abrir mão de algumas regalias. Neste caso o cliente tem que perceber que a manutenção poderá vir a ser realizada até às 21,00 horas dos dias úteis e a qualquer hora dos Sábados.

Este foi o formato em que conseguimos obter maiores vantagens para os nossos clientes.

Outras condicionantes fazem parte deste protocolo, mas se as quiser conhecer todas terá de ter a maçada de nos enviar um e-mail e teremos todo o gosto em enviar-lhe o regulamento completo.

Também, por motivos da nossa contratação, não temos capacidade, neste momento, de fazer a cobertura nacional completa. Agora vamos arrancar em 3 zonas distintas do país. Essas 3 zonas são o concelho de Vila Nova de Gaia (onde já começaram a ser distribuídos os folhetos publicitários ao protocolo), as cidades de Lamego, Régua, Vila Real, Chaves e Mirandela (no fundo todo o Trás-os-Montes excluindo Bragança) onde a distribuição promocional irá começar na próxima semana, e por fim na zona do Oeste as cidades de Rio Maior, Peniche, Caldas da Rainha e São Marcos – Cacém, onde iremos iniciar a promoção ainda antes do final do mês.

Este produto é verdadeiramente o primeiro contrato de baixo custo baseado em premissas que defendem os interesses reais dos donos dos elevadores. Por isso fazemos uma triagem de todas as situações que podem aderir ao protocolo de modo a evitar que possa existir alguma incompatibilidade entre os elevadores e as empresas que poderão assumir a sua manutenção.

Os aderentes a este protocolo ainda ficam com a certeza que terão durante a vigência do contrato o apoio da HAPE para os defender sempre que existam situações que possam ser menos claras com a EMA.

Muito sinceramente sentimos-nos de parabéns por termos conseguido uma situação tão interessante para o mercado dos elevadores, e não temos qualquer dúvida que este é um grande passo para revolucionar a relação entre os donos dos elevadores e as empresas de manutenção.

Se quiser saber mais, não hesite em contactar. Quem sabe se é desta que vai conseguir uma situação interessante para a gestão do seu condomínio.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Que elevadores são obrigados a ter comunicação bidireccional?

Curiosamente na mesma semana duas pessoas entraram em contacto comigo para tentarem perceber quais eram afinal os elevadores que eram obrigados a ter comunicação bidireccional.
Resolvi colocar aqui no blogue um texto sobre o assunto para que a informação possa ser útil a mais gente.

A legislação que regulamenta essa obrigatoridade (e muitas outras no que diz respeito às normas de fabrico de elevadores) é o Decreto-lei 295/98 que foi publicado em 22 de Setembro de 1998. Esse decreto tentava legislar em Portugal a Directiva 95/16/CE. Por isso, no mundo dos elevadores, os equipamentos instalados após essa regulamentação ficaram conhecidos por “elevadores da directiva”.

No Anexo I do dito documento, no seu ponto 5.5, pode ler-se — As cabinas devem ser equipadas com meios de comunicação bidireccionais que permitam obter uma ligação permanente com um serviço de intervenção rápida.

O Decreto Lei já referido entrou em vigor a 22 de Outubro de 98, 30 dias após a sua publicação, mas possui uma norma transitória que refere que até ao dia 30 de Junho de 1999 podem ser colocados em funcionamento elevadores que ainda não obedeçam às novas regras da legislação.

Quer isto dizer que todos os elevadores colocados em marca depois de 30 de Junho de 1999 têm de ter  comunicação bidireccional na cabina.

Mas como tudo em Portugal é relativo com o aproximar da data referida chegou-se à conclusão que havia elevadores que tinham sido encomendados às fabricas antes da publicação do decreto em Setembro de 1998, mas que não iriam ainda estar em funcionamento no dia 30 de Junho de 1999. Então foi permitido que cada instalador ou fabricante comunicasse à Direcção Geral de Energia quais eram esses casos, e assim criou-se uma lista de excepções que puderam entrar em funcionamento após 30 de Junho de 1999, mas que não tinham de obedecer à directiva.

Resumindo; em termos gerais todos os elevadores colocados em marcha após 30 de Junho de 1999 têm de ter comunicação bidireccinal. Não tendo estão ilegais ou terão de fazer parte de uma lista entregue à DGEG em que se prove que já estavam em montagem nessa data e que tinham sido encomendados ao fabricante antes da publicação do decreto em 1998.

Um pouco confuso, não é? Nada que surpreenda quem conhece bem o nosso Portugal.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Os elevadores e os terramotos

Quanto mais vou percorrendo os meandros do mundo dos elevadores, mais me assusto com o que pode ser uma má escolha destes equipamentos na hora da sua definição e compra.

Apesar de termos em Portugal zonas sísmicas de grande potencial, como são os casos dos Açores, região de Lisboa e Algarve, nunca soube de qualquer elevador que tenha sido instalado tendo em conta a menor preocupação de salvaguarda anti-sísmica.

Já aqui escrevi sobre a eminente norma europeia que vai trazer alguma legislação a esse campo, mas hoje o que quero relatar são as consequências dos terramotos nos elevadores instalados.

Volto hoje ao assunto porque tomei conhecimento de um relatório de danos sofridos pelos elevadores na região de Van, na Turquia, depois do terramoto de 2011, e porque ainda está na ordem do dia o recente terramoto no Norte de Itália.

O referido relatório, que ainda apenas li na diagonal, fala essencialmente em dois problemas que ocorrem com regularidade durante os tremores de terra. O facto de que a grande maioria dos contrapesos sai das suas guias e fica em risco de colisão com a cabina, e o facto que muitos contrapesos se desmancham e deixam cair os blocos de cimento e ferro no poço do elevador.

Se o primeiro problema é de consequências muito graves se alguém resolve utilizar um elevador após um abalo, e no momento em que a cabina e o contrapeso se cruzam esses dois elementos chocam, acontece a inevitável destruição da cabina. Isto também pode acontecer se durante o tremor o elevador está em funcionamento e não existe um corte de energia imediato.

O segundo caso é muito mais grave se no momento do acidente o contrapeso estiver acima do nível da cabina. A queda de blocos de ferro ou cimento com cerca de 30 quilos sobre o tecto da cabina é garantido que provoca a perfuração do mesmo e a lesão, ou morte, dos ocupantes da mesma. Quanto mais alto for o edifício, e o contrapeso mais distante estiver da cabina, piores consequências daí poderão advir.

Mas nada do que estou aqui a relatar, que é apenas uma pequena parte do que se sabe sobre esta matéria, é desconhecido para quem trabalha em elevadores. O que me surpreende é que ainda agora se continuam a instalar nas regiões sísmicas de Portugal elevadores incapazes de garantir a mínima segurança aos seus utilizadores em caso de terramoto.

Hotéis, Hospitais, e grandes edifícios comerciais e de serviços continuam a instalar elevadores seguindo regras que são perfeitamente desadequadas às suas necessidades.

Parece que existe uma vergonha instituída de consultar quem sabe para que nos possa aconselhar no momento da tomada das nossas decisões, e ainda um dia vamos ter um grande dissabor por não termos tido um pouco mais de cuidado com isso.

Todos os dias na minha actividade profissional deparo com pessoas que sabem muito mais de elevadores do que eu. Eu é que sei muito pouco sobre o assunto. Mas se tiver dúvidas e não tiver vergonha, não hesite em consultar os nossos serviços. Quem sabe não poderá aprender alguma coisa connosco.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

As “caixas negras” nos elevadores e escadas rolantes de Pequim

Por motivos de segurança as autoridades chinesas decidiram que todos os elevadores e escadas rolantes públicos de Pequim terão de estar munidas com uma “caixa negra” capaz de registar todas as falhas do equipamento, ao mesmo tempo que envia em tempo real toda a informação sobre um acidente ou avaria para a central de assistência e manutenção.
Dos cerca de 140.000 aparelhos que terão de ser adaptados até 2015, aproximadamente 35.000 têm mais de 10 anos e são considerados velhos pelas autoridades, que pensam que estes dispositivos vão ser capazes de melhorar a segurança dos utilizadores.
Na Europa e nos Estados Unidos esta decisão foi prontamente contestada pelas empresas de elevadores que afirmam em coro que a melhoria da segurança apenas pode ser garantida pela melhoria das capacidades técnicas dos operários que garantem a manutenção dos equipamentos.
Na minha opinião, apesar de ter muitas dúvidas sobre a possibilidade técnica de adaptar uma destas “caixas negras” em equipamentos antigos, as soluções são complementares.
A tele-monitorização tem vantagens sobejamente conhecias e outras desvantagens que também são do conhecimento de todos, e as vantagens de a manutenção ser feita por técnicos muito capacitados também não levanta dúvidas a quem quer que seja.
Infelizmente Portugal continua a não ser brilhante neste aspecto. Tem legislação sobre o número de visitas que a empresa de manutenção deve fazer ao elevador, e não tem qualquer controlo sobre as capacidades técnicas dos funcionários que estão no terreno.
Falo com conhecimento de causa se afirmo que uma parte dos “técnicos de manutenção” de elevadores que estão nas EMA não são capazes de ler um esquema eléctrico ou fazem a mais pequena ideia para que serve um multímetro. Partindo desta base não é fácil contestar a ideia das autoridades chinesas em relação ao que vão fazer em Pequim. Por vezes temos muito pouca capacidade para ver para além do nosso umbigo.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

As 2ªs Jornadas Técnicas - Elevadores

No próximo dia 15 de Junho, no Porto, vão realizar-se as segundas Jornadas Técnicas – Elevadores, organizadas pelo FIPP (Fundação do Instituto Politécnico do Porto), o ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto) e a OE (Ordem dos Engenheiros).
No ano passado as mesmas jornadas foram, a meu ver, um êxito muito grande, porque tiveram a particularidade de iniciar uma discussão sobre um tema que até agora nunca tinha sido abordado num plano tão aberto.
O número de participantes foi elevado e, em geral, penso que as pessoas gostaram.
Este ano regressam os trabalhos e alguns dos temas que a organização ressalva podem ser bastante importantes.
As alterações à EN81, e as alterações previstas ao Dec-Lei 320 valerão por si a participação.
Pela minha parte lamento que não tendo podido estar presente em 2011, também este ano a data não é a que mais me convém, e possivelmente estarei mais uma vez ausente, mas não quero deixar de desejar os maiores êxitos à organização, e a recomendação do evento  a todos os interessados que possam participar.
Há sempre um lado crítico e pela minha parte lamento que a discussão se limite a constatar as alterações que alguém determinou, sem qualquer possibilidade de se alterar legislação que nem sempre defende os interesses dos proprietários dos elevadores.
Se no caso da EN 81 temos que perceber a nossa pequenez em relação à Europa (não nos devemos esquecer da imagem que temos de sermos sempre dos últimos a aplicar a legislação europeia, e no caso dos elevadores a SNEL é um dos casos bem evidentes), mas no caso do Dec-Lei 320 teria todo o interesse em que a discussão fosse muito mais antecipada.
Apenas vou referir que no novo decreto não se prevê que o absurdo das 12 manutenções anuais desapareça, e isto fica mais uma vez a dever-se a interesses políticos que têm a ver com as implicações de ordem sociais que essa alteração traria, e que nada interessam aos donos dos elevadores que continuam a pagar serviços que tecnicamente não lhes interessam ou protegem.
Era interessante discutir assuntos do interesse do dono do elevador, que é sempre a parte menos ouvida em todas decisões que se tomam no sector.
Se quiser saber mais deve consultar o endereço da organização em http://www.fundacao.ipp.pt/ascensores/jte2/

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Alguém reconhece vantagens nos elevadores hidráulicos sobre os elevadores eléctricos?

Actualmente tenho seguido com muita regularidade alguns debates internacionais nos fóruns de elevadores.
Algumas das situações debatidas estão muito longe da realidade do parque de elevadores típico de Portugal, e por isso nunca as irei transpor para esta página que se pretende próxima da realidade do nosso país.
Outras situações enquadram-se na nossa tipificação ou apresentam antevisões que não estarão longe no que se irá passar em Portugal.
Há já uns meses largos que aparecem vozes a antever o fim dos elevadores hidráulicos a curto prazo porque na ideia dessas pessoas este tipo de equipamentos não apresenta qualquer mais-valia para quem os adquire.
Eu próprio já várias vezes que menciono a minha desconfiança por este tipo de elevadores que são mais lentos, menos sofisticados, menos fiáveis, menos ecológicos, menos económicos (em consumo) do que os elevadores eléctricos.
Em situações muito específicas este tipo de elevadores pode ter alguma aplicação. No caso de algumas modernizações, alguns elevadores panorâmicos, aparelhos com acessos a 90º, e pouco mais, esta tecnologia pode ter aplicação pontual, mas nas restantes ocasiões é como estar a instalar máquinas a vapor para fazer o papel de um TGV.
Portugal ainda é um bom reino para quem vende este tipo de tecnologia. Somos um povo pouco informado e pouco dado a ouvir os conselhos de quem sabe mais do que nós. Se alguém aparecer a dizer que não deve instalar um elevador hidráulico, vai logo aparecer alguém a dizer que essa opinião só pode vir de quem está a soldo de quem vende elevadores eléctricos.
Ando nisto há muitos anos e nunca ouvi qualquer argumento a favor dos elevadores hidráulicos que não saísse da boca de quem os vende.
Alguém isento é capaz de me dar algum argumento a favor dos hidráulicos? Era interessante conhecer uma opinião nesse campo.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Os consultores na área de elevadores

Há uns dias começou num dos fórum internacionais de elevadores uma discussão muito engraçada sobre o papel dos consultores na área dos elevadores.
Como seria de esperar os elementos ligados às empresas de elevadores acham que os consultores são uns mal intencionados e que apenas servem para rapinar dinheiro aos seus clientes, os consultores têm uma opinião altamente depreciativa sobre as empresas de elevadores e sobre os seus métodos para vender aos clientes aquilo que querem e não aquilo que eles precisam, e os clientes (que estão nitidamente em minoria porque por norma não estão inscritos nestes fóruns) dizem que nem lhes passa pela cabeça tomar decisões sem consultar a opinião desses consultores especializados.
O que é interessante é que esta discussão iniciou-se com uma pergunta que basicamente tentava apurar qual a quantidade de negócio que era controlada ou intermediada pelos consultores. A questão foi colocada por um inglês, mas rapidamente reuniu opiniões de diversos outros países. EUA, Malásia, Índia, e Emiratos Árabes Unidos foram algumas das proveniências de comentários que tive a oportunidade de acompanhar.
Curiosamente os argumentos de todos os lados me pareceram válidos e muito interessantes.
Em relação aos argumentos em defesa dos consultores eles são fáceis de adivinhar e óbvios em termos de avaliar as vantagens, mas houve uma opinão de um fabricante que me pareceu muito interessante.
Ele contava que um consultor tinha previsto um dado número de elevadores com umas determinadas características para um edifício de serviços. A empresa fornecedora dos elevadores considerava os equipamentos insuficientes para o edifício em questão, mas a opinião do consultor prevaleceu perante o cliente.
Com o edifício em funcionamento verificou-se que o fabricante tinha razão e que os elevadores eram insuficientes. Nessa altura já ninguém se lembrava do nome do consultor e toda a gente reclamava com o fabricante. E apesar da culpa não ser rigorosamente dele a sua imagem é que ficou manchada e o problema passou apenas a ter o seu rosto.
Mas, para mim, que há muito conheço as vantagens e desvantagens deste serviço que é a minha actual actividade profissional, o que me surpreendeu verdadeiramente nesta discussão é todos concordarem que cerca de 60% das opções de compra e modernização de elevadores passarem pelo intermédio de um consultor.
Em Portugal esse número só não é zero porque ainda aparece um ou outro negócio com apoio em consultores externos, mas no seu conjunto de certeza que não chega a 1% do negócio feito no nosso país.
Ao longo da minha vida profissional numa empresa de elevadores, e apesar de nunca ter sido comercial, vendi mais de mil elevadores, e estive envolvido em contratos de muitos mais do que isso, e nunca me apareceu nenhum negócio em que o cliente tivesse o apoio de um especialista na matéria.
Penso que também isto denota o país que somos e a forma como nos posicionamos.
Quantas vezes saí de um negócio com a consciência de que o cliente tinha comprado um produto que não era aquele que mais lhe interessava. Mesmo quando se argumentava que ele deveria ter atenção às opções, o cliente desconfiava sempre do que se dizia, e acabava por optar muitas vezes por instinto. Quantas vezes deu asneira. E era tão óbvia essa asneira.
 Mude a sua mentalidade e pergunte a quem sabe. Recorrer a um consultor é quase sempre a forma mais barata de fazer escolhas inteligentes.

domingo, 15 de abril de 2012

Bloqueadores de portas de cabina

O acto de resgatar pessoas encarceradas em cabinas de elevador tem, por vezes, consequências mais graves do que o próprio encarceramento em si.
Acontece com relativa frequência que durante o processo de resgate, por não se cumprirem as normas desse acto, haver ferimentos e acidentes que em alguns dos casos são mortais.
Os acidentes mais vulgares e com piores consequências são a queda das pessoas no poço do elevador (já em tempos escrevi sobre isto em relação aos aventais das cabinas), mas também são frequentes os cortes nas chapas das portas quando as mesmas são forçadas, pés torcidos e partidos, e esmagamento pela súbita entrada em movimento da cabina.
Em alguns pontos do Mundo, nomeadamente nos Estados Unidos, os legisladores entenderam que o local mais seguro para as pessoas se manterem neste tipo de situação é no interior das cabinas, e como tal resolveram publicar regulamentos que obrigam os elevadores a serem dotados de um mecanismo que impeça a abertura das portas de cabina quando a cabina está fora da sua zona de segurança do patamar.
A Europa (em termos gerais), até este momento, ainda se mantém de fora desta opção.
Na minha opinião este regulamento é um verdadeiro pau de dois bicos. Se por um lado vai prevenir alguns dos acidentes que descrevi anteriormente, não prevê as consequências daquilo que se tem verificado em elevadores já equipados com este sistema.
O primeiro, e mais grave, é a impossibilidade se resgatar pessoas nas cabinas dos elevadores bloqueados em edifícios em que decorrem incêndios. Pelo que li já aconteceu nos Estados Unidos um acidente mortal há cerca de 15 dias. Este sistema só pode existir em edifícios em que os elevadores estão ligados a centrais de incêndio, e que desactivam o bloqueador em caso de disparo da central. Não é isso que se verifica neste momento.
O segundo problema é a claustrofobia que afecta uma grande parte das pessoas que fica bloqueada nas cabinas dos elevadores. A minha experiência diz-me que os problemas psicológicos e o elevado sofrimento que os momentos de prisão dentro de uma cabina de elevador, podem ser muito mais lesivos para alguns passageiros que o risco diminuto de se magoarem fisicamente.  
Para que o bloqueador de portas pudesse ser aplicado num elevador, deveria ser obrigatório a verificação de 3 itens; a) que a cabina estivesse dotada de sistema de ventilação forçada, b) que o espaço na cabina por passageiro fosse o suficiente para que toda a gente se possa sentar no chão durante o período de imobilização da cabina (para isso seria necessário diminuir para metade o número de passageiros actualmente permitidos por lei, e c) que a cabina estivesse dotada obrigatoriamente de um sistema de comunicação bidireccional de voz que fizesse o disparo da chamada automaticamente quando fosse detectada a imobilização da cabina fora do nível de piso.
Com estes requisitos satisfeitos a ideia pode ser interessante para a salvaguarda da segurança dos utilizadores, mas até isso se verificar tenho muitas dúvidas quanto aos benefícios de tal dispositivo.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O formato das cabinas dos elevadores, em conformidade com o fim a que se destinam.

Como qualquer cidadão urbano de Portugal, todos os dias utilizo elevadores em edifícios públicos.
Possivelmente, por motivos profissionais, estarei bastante mais atento do que as outras pessoas aos equipamentos que se instalam nos nosso prédios, e por isso tenho a nítida ideia que na maioria de casos os promotores imobiliários foram mal aconselhados no momento da compra dos elevadores.
Vem isto a propósito por as cabinas dos elevadores instalados em edifícios de serviços serem tantas vezes menos largas do que profundas.
Vamos imaginar uma garagem para dois automóveis. As duas soluções para essa garagem são que tenha comprimento para os dois carros um em frente ao outro, ou que tenha largura para que os dois possam estacionar um ao lodo do outro.
A primeira solução pode ser interessante se um dos carros não for utilizado todos os dias, e portanto a sua mobilidade não fique muito limitada pela presença do outro carro. No segundo caso existe a possibilidade de se movimentarem os carros independentemente um do outro, bastando para isso que a porta da garagem seja suficientemente ampla para permitir essa manobra.
Com os elevadores passa-se exactamente a mesma coisa. Nos edifícios em que muitos dos utilizadores do elevador não se conhecem, e em que há movimentação de pessoas entre os diversos pisos do edifício, as cabinas devem ser mais largas do que profundas, permitindo que qualquer pessoa possa aceder à porta da cabina sem ter de passar por duas ou três pessoas à sua frente.
Em consequência desta opção as portas dos elevadores devem ser mais amplas do que os 90 cm (quando não 80) com que deparamos na maior parte das vezes.
Por isso a regra é colocar sempre nos edifícios de serviços elevadores largos e com portas amplas, e, em casos de elevadores de grande dimensão, colocar botoneiras de cabina nas duas paredes laterais da cabina.
Desta forma vamos proporcionar viagens com maior conforto e melhor gestão de tempo na entrada e saída dos passageiros.
Nos edifícios de habitação de pequena e média dimensão, em que na maioria das viagens os utilizadores compartilham o mesmo pisos de destino (porque são família), pode-se optar por cabinas com maior profundidade do que largura, e portas menos amplas. Esta solução embaratece o produto, e permite uma redução de espaço utilizado em termos de planta do prédio. Poupa-se em duas importantes vertentes.
Depois de tantos anos a fazer errado, está bem na altura de começar a definir os elevadores certos para cada edifício. Afinal basta perguntar a quem sabe.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Elevadores pneumáticos em busca do seu lugar no mercado.

Alguns conceitos tecnológicos ultrapassam um pouco os conceitos pré-estabelecidos que temos perante algumas realidades.
Quando se fala de elevadores a nossa cabeça idealiza de imediato os padrões tradicionais de cabinas que se deslocam movidas por cabos cuja tracção é garantida por motores eléctricos ou pistões hidráulicos.
A verdade é que existem outras soluções mais ou menos desenvolvidas que pretendem ocupar alguns nichos de mercado que podem ser interessantes.
Uma solução que existe no mercado são os elevadores pneumáticos.
Possuem óbvias limitações, mas também muitas particularidades de interesse e relevância.
O seu funcionamento baseia-se numa cápsula que se desloca dentro de um tubo pela criação de vácuo num estremo desse tudo e a insuflação de ar no outro extremo. Desta forma criou-se um equipamento que dispensa cabos, pistões, ou contra-pesos e como tal apresenta soluções estéticas interessantes.
Tecnicamente está limitado em termos de número de pisos servidos, dimensões da cabina e velocidade, mas para algumas faixas do mercado essas limitações não são importantes.
Equipamentos deste tipo têm algumas vantagens muito interessantes. Começam por se conseguir instalar em dois ou três dias no local pretendido, porque se tratam de estruturas autoportantes que são completamente isentas de obras de adaptação, e depois possuem interessantes características de política ambiental que os tornam bastante simpáticos em termos ecológicos.
Quando instalados numa residência têm a vantagem de possuir sempre um sistema de evacuação automática ao piso 0, o que reduz a possibilidade de haver pessoas presas no seu interior.
Para além destas características estes equipamentos podem ser integralmente desmontados e colocados noutro local, o que é praticamente impossível noutro tipo de ascensor.
 Não pensem com este meu texto que descobri a pólvora e que considero estes equipamentos como a solução para todos os sítios onde há necessidade de deslocar pessoas verticalmente em edifícios, mas que são equipamentos com interesse, isso ninguém pode negar.
Deixo ficar o endereço de um fabricante espanhol deste tipo de elevadores. A visita à sua página pode ser interessante para quem possa estar interessado em saber mais sobre estes aparelhos. http://www.elevadoresneumaticos.es/
Mas a compra de um elevador deve ser sempre aconselhada por alguém isento. Não compre sem consultar a HAPE.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Escadas rolantes. Degraus de 800 ou de 1000 mm?

Quando se calcula um qualquer meio de locomoção temos de ter atenção o fim a que se destina e o volume de utilização que irá ter.
Por isso existem carros grandes e pequenos, abertos e fechados, de carga e de passageiros, citadinos ou para grandes viagens, etc. etc.
Nos elevadores o cenário é o mesmo e nas escadas mecânicas também se passa a mesma coisa.
A maior parte das pessoas que utiliza escadas rolantes no seu dia-a-dia nem se apercebe das subtis diferenças que existem entre elas, e que determinam, independente da sua qualidade técnica, a boa escolha do projectista do edifício.
Essencialmente há 3 pontos de escolha para uma escada rolante: a inclinação, o número de degraus em plano à entrada e à saída, e a largura dos degraus.
Hoje apenas quero referir a opção da largura dos degraus.
Apesar de antigamente haver escadas standard que eram muito estreitas, na ordem dos 600 e 700 mm, actualmente as medidas padrão dos diversos fabricantes variam são de 800 ou 1000 mm, tendo cada uma delas fins diversos a que se destinam.
 A largura do degrau vai condicionar o número de passageiros que uma escada consegue transportar por hora, conseguindo-se com 1000 mm um máximo teórico de 9000 passageiros e com 800 mm um máximo de 6000 pessoas.
Parece que com estes dados será fácil tomar a opção. Como não vou ter de transportar mais de, por exemplo, 5000 pessoas numa hora vou comprar uma escada de 800 mm.
Ora tal raciocínio não pode estar mais errado. Uma escada de 1000 mm permite que se um passageiro estiver a viajar parado num degrau, possa ser ultrapassado por outro que deseje chegar mais rapidamente ao seu destino. Com uma escada de 800 mm isso é impossível sem que exista um “atropelamento”.
Em edifícios tipo estações de metro, aeroportos, gares de comboio, etc, a opção de 1000 mm é a única que vai garantir funcionalidade plena ao equipamento.
Nos casos de galerias comerciais, museus, etc, em que se pretende que as escadas rolantes sejam apenas uma forma de obrigar as pessoas a percorrer um circuito pré-determinado, a opção dos 800 mm pode ser muito interessante.
Mas então porque não se opta sempre pelos 1000 mm?
Porque o motor de tracção das escadas tem de ser calculado mediante o número de passageiros que possa estar a deslocar-se ao mesmo tempo em cima dos degraus, e por isso podemos estar a investir desnecessariamente no momento da compra.
Uma escada de 800 mm é calculada como tendo de transportar 120 kg por degrau e uma de 1000 mm passa para 160 kg. Isto pode ser ma grande diferença em termos de custo de material.
Mas para o utilizador comum o que interessa é o conforto que o equipamento proporciona e é notório que há muitas situações que estão mal dimensionadas. Conheço várias estações de metro e comboio em que houve nitidamente uma má opção na escolha do produto, e por isso durante dezenas de anos vamos continuar a ver amontoados de gente nas escadas rolante, em vez de vermos um fluxo normal de pessoas como seria normal que acontecesse.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Qual é a melhor marca de elevadores do Mundo?

Esta pergunta é uma idiotice porque, como é óbvio, não existe uma resposta única, e muito menos consensual, a este respeito.
No entanto este debate apareceu, e está ainda aberto, num foro de elevadores internacional.
Por curiosidade, e sem ter dado qualquer opinião sobre o assunto, de vez em quando vou lá ver as opiniões que vão aparecendo.
Em Portugal temos relativamente poucas marcas de fabricantes de projecção mundial a operar, e por isso algumas das marcas que são referidas até são desconhecidas para a maioria dos portugueses, mas outras são bem conhecidas do nosso dia-a-dia.

A marca que destacadamente mais surge como globalmente “a melhor do Mundo” é a Mitsubishi, mas muitas outras aparecem candidatas ao lugar. São referidas mais do que uma vez marcas como a Hitachi, Schindler, ou Kone.
Curiosamente a Otis é a mais referida como qualidade de assistência, e a Schindler é consensual sobre as opiniões das melhores escadas rolantes.
Gostei de perceber que a maioria dos participantes nos debates valorizar pontos particulares em cada fabricante, e reconhecerem a inovação como determinante em classificar as empresas fabricantes.
São referidas diversas vezes as inovações como a invenção do elevador sem casa das máquinas pela Kone, elevadores com duas cabinas pela Thyssen (Thyssenkrup Twin), o comando Miconic 10 da Schindler, ou o elevador anti-sismo da Kleemann, como marcos da industria dos elevadores.

Também achei interessante que alguns participantes referissem a facilidade e tempo de montagem como um atributo da marca para ser considerada “a melhor do Mundo”. Como houve há relativamente pouco tempo um debate sobre isso num outro fórum, fui ver as opiniões. Neste aspecto a Schindler é quase unanimemente considerada a melhor.
Por fim resta dizer que muita gente refere os elevadores de grande performance da Hitachi como os mais admiráveis do Mundo.
Enfim….um debate sem vencedores.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Guias de madeira, máquinas de tambor de enrolamento, e quadros com ampolas de mercúrio.

Hoje li um pequeno texto de um técnico de elevadores que descrevia alguns dos equipamentos a que faz manutenção, e em que dizia que ainda tinha a seu cargo elevadores com guias em madeira.
No mesmo texto questionava-se sobre a segurança de tais equipamentos, e mostrava a sua admiração pela resistência que estes materiais apresentam com o passar dos anos.
É óbvio que o grau de segurança destes elevadores com mais de 70 anos é incomparável menor do que o dos actuais, mas a curiosidade das suas soluções técnicas é verdadeiramente fascinante.
As guias de madeira são à luz dos nossos dias uma solução verdadeiramente aterradora, mas a verdade é que continuam a funcionar na perfeição.
As máquinas de tambor de enrolamento são um desafio à física de quem tem como solução os contra-pesos que vulgarmente equipam os nossos elevadores.
Os quadros de ampolas de mercúrio são uma delícia de se verem a trabalhar. Uma vez vi um destes quadros a funcionar que em tudo fazia lembrar um mecanismo de relógio.
Mas o pragmatismo deve imperar quando estamos perante equipamentos que transportam pessoas e que por isso devem apresentar os mais elevados padrões de segurança. Elevadores com estas características devem ser substituídos, ou pelo menos amplamente modernizados, para garantirem a segurança dos seus utilizadores.
Para além disso deve haver a atenção de entregar a manutenção destes elevadores a empresas que tenham a sensibilidade para perceber os cuidados que estes aparelhos necessitam, e essas empresas ainda devem ter o cuidado de seleccionar para estes casos os seus técnicos mais preparados para as particularidades que os caracterizam.
Por vezes há a ideia que a manutenção destas peças de museu deve ser barata e simples, mas a realidade é completamente o contrário. O seu proprietário, até decidir a sua substituição, deve reservar-lhe o melhor dos tratamentos.
Estes elevadores, que em Portugal estão essencialmente nos centros das nossas maiores cidades, são merecedores de muita atenção, e por isso a HAPE criou um esquema de manutenção que a eles se aplica. Se tem um equipamento deste tipo e necessitar de apoio, consulte-nos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Segurança em elevadores

Há uns dias apareceu no mercado dos Estados Unidos uma empresa a vender um aparelho para ser instalado em qualquer elevador que tem como função detectar eventuais quebras de segurança nos circuitos do equipamento.
Basicamente o aparelho detecta “chantes” que tenham sido introduzidos nos órgãos de segurança para permitir que o elevador ande, ou não avarie, sem que um determinado problema o obrigue a parar, e quando um problema destes é detectado o aparelho coloca o elevador em modo desactivado.
Situações deste tipo acontecem por descuido (porque algumas manobras de manutenção obrigam a “chantar” partes do circuito para serem realizadas e depois o técnico esquece-se de retirar o “chante”), ou por inconsciência do técnico que não conseguindo resolver uma anomalia resolve “chantar” o circuito para que o elevador não torne a parar.
Mas a polémica à volta situação nasceu não pelas virtudes do aparelho, que até pode ser interessante e útil, mas pela forma como a ROLLS Innovative Elevator Systems publicita este seu produto.
O que eles fazem é alertar para o número de acidentes e mortes que ocorrem em elevadores todos os anos, constatar que uma parte desses acidentes têm como origem um erro humano, e que essa situação pode ser prevenida com a utilização do seu aparelho.
Logo apareceram imensas vozes a criticar que não se deve basear uma campanha de vendas no terror que se cria no seu público-alvo.
Claro que a maior parte destas críticas vêm das grandes empresas do sector da manutenção, que sentem que desta campanha algum perigo pode resultar para os seus interesses.
E o público que usa diariamente os elevadores, o que deve pensar?
Pessoalmente não tenho grande problema em ser alertado para um dado facto de uma forma incisiva. Gosto de campanhas publicitárias fortes e que conseguem rapidamente vincar a sua mensagem. Mas reconheço que nestes casos é importante que se acalmem as dúvidas que as pessoas possam criar à volta do tema, e que se explique que cada caso é um caso e que os elevadores não vão começar a cair por causa da falta de tal detector de circuitos “chantados”.
Mas esta discussão só existe porque realmente os elevadores são perigosos e originam acidentes, e que para os evitar a primeira coisa a fazer é escolher empresas de manutenção de confiança e alta capacidade técnica e ética.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O meu contrato de manutenção dos elevadores está caro. Devo negociá-lo?

Mais uma vez a resposta é …. Depende.
Depende do tipo de equipamento instalado, da localização da instalação, da empresa que faz a manutenção, do tipo de contrato que está celebrado, da data de termo do contrato, etc.
Há mais do que uma solução para reduzir os custos de manutenção do elevador, por isso a resposta nunca é linear.
Ao longo dos meses que a HAPE leva a estudar soluções mais vantajosas para os seus clientes, foram raros os casos em que não conseguimos obter reduções de custo significativas, mas nem sempre isso passou por uma solução única.
Por vezes temos de renegociar com a empresa que está a fazer o serviço, outras vezes propomos a mudança de empresa, outras alteramos as condições contratuais que estão em vigor, ou aplicamos ainda outro tipo de alternativas.
No mundo dos elevadores cada caso é um caso, e por isso deve ser estudado dentro das suas particularidades.
Mas nos tempos que correm é obrigação de todos procurar soluções que sejam financeiramente mais vantajosas, sem se abdicar dos padrões de serviço que estavam a ser aplicados.
O cliente tem de ter a abertura suficiente para perceber que as empresas de manutenção para lhe baixarem os custos de serviço alguma coisa vão ter de alterar no seu procedimento. Se quiser abrir uma negociação prepare-se para ouvir atentamente o que a prestadora do serviço lhe vai dizer.
A maior parte das vezes a linguagem técnica é pouco perceptível por parte do cliente, e por isso a ajuda da HAPE pode ser importante para esclarecer o que realmente se vai alterar daí para a frente.
Acredite que vale a pena tentar conseguir melhores condições contratuais para a manutenção do seu elevador, mas se sentir que precisa de apoio para conseguir esse trabalho, não pense duas vezes e contacte a HAPE. Afinal somos mesmo bons a fazer isso.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Escadas rolantes no urbanismo.

A maior parte das pessoas está habituada a interligar as escadas mecânicas e os tapetes rolantes como parte integrante do interior de edifícios.
Mas esse conceito tem vindo a mudar nos últimos tempos.
Primeiro foi preciso desenvolver equipamentos capazes de resistir a intempéries e dessa forma poderem ser aplicados no exterior, e depois acreditar que em muitas situações as escadas e tapetes rolantes podem ser um componente muito válido na mobilidade urbana.
As soluções a que este tipo de equipamentos pode dar resposta no urbanismo são imensas, e apenas a imaginação é o limite.
Quando em 2001 o Brasil decidiu instalar escadas rolantes ao ar livre para o acesso ao monumento do Cristo Redentor, e apesar de não ser de maneira nenhuma a primeira instalação desse tipo no mundo, este tipo de solução de mobilidade passou a ser encarada de outra forma.
Aos poucos os arquitectos e os urbanistas começaram a projectar obras deste tipo pelo mundo fora, e começamos a habituar os nossos olhos a depararem cada vez mais com instalações que recorrem a estes equipamentos.
Infelizmente este tipo de soluções são muito propensas a agressões por parte de vândalos, o que na maior parte das vezes lhes dá um aspecto desagradável e desconfortável.
Possivelmente há pouco cuidado em criar os mecanismos de dissuasão ao vandalismo, e também preparar um plano de manutenção que preveja as condições muito particulares que envolvem estes equipamentos, e quando isso for devidamente planeado haverá um grande avanço no utilização destas soluções.
Em Portugal ainda são poucas as instalações deste tipo, e a maior parte delas está afectada pela degradação que anteriormente referi, mas mesmo assim algumas destas instalações são obras de uma audácia e modernidade extraordinárias.

Em Hondarribia, no País Basco espanhol, foram instaladas em 2008 pela Thyssen escadas rolantes que permitem a ligação de duas zonas da cidade que têm um desnível de cerca de 20 metros. Em 3 lanços conseguiu-se uma solução de mobilidade fascinante e sem qualquer possibilidade de ser feito de forma alternativa. É apenas um exemplo da presença destes equipamentos no dia-a-dia das nossas cidades.  

Ainda não fez um mês que na favela Comuna 13, em Medellin na Colômbia, foi inaugurada uma enorme escada rolante de utilização gratuita. Este equipamento reduz em mais de meia hora o tempo de subida para a população da favela e é encarada como um excelente exemplo de integração social da cidade.