A maior parte das pessoas está habituada a interligar as escadas mecânicas e os tapetes rolantes como parte integrante do interior de edifícios.
Mas esse conceito tem vindo a mudar nos últimos tempos.
Primeiro foi preciso desenvolver equipamentos capazes de resistir a intempéries e dessa forma poderem ser aplicados no exterior, e depois acreditar que em muitas situações as escadas e tapetes rolantes podem ser um componente muito válido na mobilidade urbana.
As soluções a que este tipo de equipamentos pode dar resposta no urbanismo são imensas, e apenas a imaginação é o limite.
Quando em 2001 o Brasil decidiu instalar escadas rolantes ao ar livre para o acesso ao monumento do Cristo Redentor, e apesar de não ser de maneira nenhuma a primeira instalação desse tipo no mundo, este tipo de solução de mobilidade passou a ser encarada de outra forma.
Aos poucos os arquitectos e os urbanistas começaram a projectar obras deste tipo pelo mundo fora, e começamos a habituar os nossos olhos a depararem cada vez mais com instalações que recorrem a estes equipamentos.
Infelizmente este tipo de soluções são muito propensas a agressões por parte de vândalos, o que na maior parte das vezes lhes dá um aspecto desagradável e desconfortável.
Possivelmente há pouco cuidado em criar os mecanismos de dissuasão ao vandalismo, e também preparar um plano de manutenção que preveja as condições muito particulares que envolvem estes equipamentos, e quando isso for devidamente planeado haverá um grande avanço no utilização destas soluções.
Em Portugal ainda são poucas as instalações deste tipo, e a maior parte delas está afectada pela degradação que anteriormente referi, mas mesmo assim algumas destas instalações são obras de uma audácia e modernidade extraordinárias.
Em Hondarribia, no País Basco espanhol, foram instaladas em 2008 pela Thyssen escadas rolantes que permitem a ligação de duas zonas da cidade que têm um desnível de cerca de 20 metros. Em 3 lanços conseguiu-se uma solução de mobilidade fascinante e sem qualquer possibilidade de ser feito de forma alternativa. É apenas um exemplo da presença destes equipamentos no dia-a-dia das nossas cidades.
Ainda não fez um mês que na favela Comuna 13, em Medellin na Colômbia, foi inaugurada uma enorme escada rolante de utilização gratuita. Este equipamento reduz em mais de meia hora o tempo de subida para a população da favela e é encarada como um excelente exemplo de integração social da cidade.
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