Um dos mais comuns dos acidentes mortais com elevadores acontece quando um utilizador abre uma porta de patamar e se precipita no poço porque a cabina não se encontrava nesse piso.
O facto da porta de patamar abrir sem a presença da cabina pode dever-se a diversas factores que não interessam para este texto. O que interessa é que a legislação prevê algumas medidas para minimizarem esse risco de acidente.
Uma dessas medidas é obrigar que a iluminação no patamar de acesso ao elevador garanta 50 LUX (LUX é a unidade que mede a intensidade luminosa) na proximidade da porta do elevador.
50 LUX é mais ou menos a luz que é garantida pela iluminação pública de uma rua normal.
Esta medida destina-se a que o utilizador do elevador possa ver o chão da cabina mesmo que a iluminação dessa cabina esteja inoperacional.
Acontece que nem o fabricante do elevador, nem a empresa de manutenção, podem garantir que isso se verifica. Por vezes a vontade de poupar um pouco de energia é tanta que os patamares dos edifícios estão com iluminação abaixo do regulamentar ou não possuem mesmo qualquer iluminação.
No momento em que é feita a certificação do elevador essa iluminação está garantida, mas o que se passa daí para a frente é completamente incontrolável.
É obrigação dos técnicos de manutenção das EMA alertarem a administração dos edifícios para a falha no cumprimento desta medida (especialmente em elevadores com porta de batente), mas pouco mais podem fazer a não ser isso.
Por outro lado a maior parte das manutenções e inspecções são feitas de dia, quando por vezes a iluminação natural do edifício garante o cumprimento da norma, e é quando fica de noite que o problema se manifesta, sem que ninguém dos elevadores se aperceba da situação.
Sempre que sentir dúvidas com os seus elevadores, não hesite em consultar a HAPE.
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