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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Elevadores Novos. Montagem por fases ou de uma só vez.

Há uns anos todos os construtores conheciam a técnica de montagem de elevadores como “portas e guias”. Nessa época a empresa instaladora entrava em obra numa fase prematura e colocava as guias do elevador dentro do poço (aplicadas ou não às paredes do poço) e fechava os vãos dos patamares colocando as portas.
Com o poço assim fechado a obra prosseguia a sua normal evolução em termos de construção civil, e bem mais para a frente voltava a equipa de montagem para montar a casa das máquinas, a cabina e restantes órgãos mecânicos.

Muitas vezes ainda havia uma terceira fase de montagem que dizia respeito à cablagem eléctrica e afinações finais.
Neste processo a equipa de montagem (duas pessoas) gastava, tomando como padrão um elevador de 5 pisos e 450 kg, qualquer coisa como 200 horas de trabalho, o que se traduzia num somatório de duas semanas e meia, a três semanas, de presença na obra, espalhadas ao longo de 3 ou 4 meses.
 Na última década as maiores empresas de elevadores investiram muito para conseguir optimizar este processo e conseguirem ser mais competitivas.
Modificaram vários procedimentos.
Primeiro os elevadores passaram a ir para a obra completamente adaptados ao poço que estava feito. Guias e cablagem eléctrica saia de fábrica pronta para ser aplicadas nos poços dos clientes. Tudo o que era cortes e adaptações feitas em obra terminaram de vez.
Depois criaram mecanismos de logística em que o elevador, depois de sair da fábrica, só para na obra a que se destina. Deixa de haver armazéns intermédios, e material extraviado nas andanças de um lado para o outro.
Por fim desenvolveram métodos de montagem que permitem que o elevador seja integralmente montado de uma só vez, muitas das vezes dispensando andaimes, e num período de tempo muito menor do que aquele que era necessário anteriormente. O que anteriormente demorava 200 horas a montar, é actualmente instalado em cerca de 100. E com graus de segurança muito melhores do que os anteriores.
Claro que neste processo tem de existir uma boa cumplicidade com o empreiteiro, porque há trabalhos de construção civil que necessitam de um bom e rápido apoio de execução, como seja a fixação do quadro de comando e das portas de patamar.
Com este método quando a equipa de montagem sai da obra só ficam pendentes alguns pormenores de limpeza e de afinações. Muitas vezes não se colocam de imediato as botoneiras de patamar e os indicadores de piso, mas apenas como medida preventiva contra actos de negligência ou vandalismo que possam acontecer.
Claro que esta metodologia acarreta vantagens para todos os intervenientes e deve ser por eles encarada dessa forma. Infelizmente ainda há muitos responsáveis por obras que parecem mais inclinados a dificultar a vida às diversas empreitadas do que tudo fazer para que as mesmas decorram da melhor forma possível. Para mim este é um daqueles mistérios que por mais anos que passe a acompanhar obras, menos serei capaz de compreender.

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