Em finais de 2009, em entrevista a um suplemento do EXPRESSO dedicado a Elevadores e Escadas Rolantes, os responsáveis peça ANIEER – Associação Nacional dos Industriais de Elevadores e Escadas Rolantes afirmavam a dado passo que “o número de inspecções é significativamente inferior ao previsto, o que significa que há situações fora de qualquer controlo”.
Com a minha curiosidade habitual tenho vindo a questionar algumas EMA no sentido que me parametrizem o número de instalações à sua responsabilidade que, por um motivo ou outro, não estão a ser devidamente inspeccionadas.
Penso que com um elevado exagero, até porque ninguém fala em números concretos, quase todos apontam para valores percentuais na casa dos 20%, o que, a ser verdade, é completamente assustador.
Pessoalmente não acredito que tal seja possível, apesar de acreditar que esse seja o número de equipamentos em que as Inspecções Periódicas não são feitas dentro do prazo, que sofrem cláusulas que se eternizam sem resolução, e que não chegam a ser reinspeccionados, mas penso que os elevadores que estão mesmo fora das IP’s sejam substancialmente menos.
Mas mesmo que sejam 2 ou 3 % ainda estamos a falar de milhares de aparelhos em potencial perigo para os seus utilizadores.
Os motivos para estas falhas do sistema são imensas. Os dois maiores problemas serão em primeiro a dificuldade que algumas câmaras municipais têm em gerir este processo, e em segundo a grande confusão que algumas EMA fazem nos imensos processos de capturas e perdas que actualmente acontecem a enorme velocidade.
Com estas falhas de fiscalização de segurança o risco de acidente sobe em proporção exponencial, e a responsabilidade do proprietário, e da EMA, não desaparecem, antes pelo contrário agravam-se de forma também exponencial.
Qualquer utilizador deve ter um papel denunciador sempre que verifique que um equipamento não está a cumprir as normas das IP’s. Por isso memo o legislador decidiu que o selo está exposto na cabina à vista de todo e qualquer utente do elevador.
Nenhum de nós deve ser cúmplice no desleixo de terceiros.
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