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segunda-feira, 7 de março de 2011

UMA MENTIRA: OS ELEVADORES SÃO TODOS IGUAIS!

A maior parte das pessoas que diariamente utilizam elevadores nas suas deslocações, não se apercebem da evolução tecnológica que os mesmos têm sofrido ao longo dos anos.
Fazer a analogia entre elevadores e automóveis é uma imagem gasta e recorrente, mas é bastante elucidativa do que se passa entre os dois equipamentos.
Toda a gente entende que um carro dos anos 70 do século passado tem, tecnologicamente, muito pouco de semelhante com que são construídos nos dias de hoje.
No seu aspecto e funcionalidade as coisas mantiveram-se muito parecido, mas ao nível de segurança activa e passiva, consumo, conforto, etc., só quem estiver muito distraído pode não ter notado as diferenças.
Com os elevadores passou-se exactamente a mesma coisa. A evolução das máquinas, performances, consumos, conforto, e, essencialmente, comandos, faz com que comparar um elevador dos anos 70 com um actual seja próximo de comparar um “carocha” com um dos novos veículos eléctricos actualmente em circulação.
No mercado automóvel, no entanto, se uma marca não tiver acompanhado a evolução tecnológica, não consegue vender uma unidade que seja. Ninguém nos dias que correm compraria um carro de 4 velocidades, sem airbags, com travões mecânicos, rádio com leitor de cassetes, etc. etc.
Curiosamente no mercado dos elevadores não se passa a mesma coisa. O cliente é muito menos criterioso porque, na maior parte dos casos, não vai utilizar no seu dia-a-dia o elevador que está a comprar. Neste momento é necessário ser competitivo e o factor preço (apesar do custo do elevador no momento da construção do prédio ser quase irrelevante) é o principal factor para determinar a escolha do equipamento a instalar.
Por isso voltam a ser instalados em edifícios novos elevadores que tecnologicamente estão ao nível do que se fazia nos anos 70. Ainda há pouco tempo vi um orçamento para a instalação de um elevador num prédio novo que se referia a um elevador que nem era de variação de frequência nem de duas velocidades, mas sim de uma velocidade. Mesmo nos anos 70 já não havia muitos elevadores com essas características a ser instalados no mercado.
Quer isto dizer que antes de instalar o aparelho já ele estava completamente obsoleto. Perguntei ao construtor se ele estava consciente que instalar uma coisa daquelas era semelhante a comprar uma televisão de válvulas a preto e branco na era dos LCD, e ele respondeu-me que não ia ser o elevador que ia fazer com que os apartamentos se vendessem melhor ou pior e acrescentou que a cabina nem era nada feia ou antiquada.
Para um prédio de nove moradores a “poupança” foi de cerca de 2.500,00€ em relação a um elevador a sério, o que deu qualquer coisa como 300,00€ por cada apartamento. Garanto que cada um daqueles moradores vai maldizer esta “poupança” nos próximos anos.
E a verdade é que foi esse equipamento que foi escolhido e instalado.
Se precisar de apoio no momento da decisão de compra de um elevador, consulte a HAPE.

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