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quarta-feira, 30 de março de 2011

Fiquei preso no elevador. O que faço?

Ficar preso na cabina de um elevador é uma situação cada vez menos vulgar. As avarias que antigamente originavam longas paragens dos equipamentos, estão cada vez mais controladas.
Nos tempos que correm é mais normal que um elevador não inicie a sua viajem, negando-se a mover-se por uma qualquer razão aparentemente inexplicável, do que parar a meio do seu percurso deixando os passageiros encarcerados. Mas, como em tudo, há excepções que confirmam a regra. Ainda por cima quando o parque de elevadores é cada vez maior, e todos nós os utilizamos cada vez com mais frequência.
Se estiver a andar num elevador e de repente ficar preso na cabina, como deve actuar?
Verifique se a luz da cabina se apagou ou se se mantém acesa. Se a luz se mantiver acesa há uma avaria do equipamento, se se tiver apagado, e a luz de emergência se activou, então estamos perante um caso de falta de energia. (Lembre-se de ser exigente quanto à existência de luzes de emergência nas cabinas. Ficar encarcerado num elevador às escuras é muito mais dramático do que se o mesmo estiver iluminado.)
Se o que aconteceu foi o elevador chegar a um determinado piso, parar, e não abrir as portas, tente marcar outro piso na botoneira de cabina. Pode acontecer que haja um problema com a porta desse piso, e que o mesmo não aconteça noutro patamar.
Feitas as diligências normais para tentar resolver o assunto pelos próprios meios, e não tendo conseguido obter qualquer resultado prático, está na hora de tomar a decisão de pedir ajuda. Todos os métodos são bons, por isso use tudo o que tiver ao seu alcance para chamar a atenção de quem lhe possa prestar auxílio.
A grande maioria das cabinas está munida com um sistema de alarme que dispara, para além de um sinal sonoro dentro do edifício, uma chamada telefónica para uma central que lhe pode fornecer assistência. Para isso terá de pressionar o botão de alarme continuamente durante um período mínimo de 3 segundos, mas que em alguns equipamentos pode necessitar de 5 segundos para se activar.
Se não estiver sozinho dentro da cabina peça às restantes pessoas que façam silêncio enquanto decorre esta operação. Os microfones e colunas de som estão por vezes colocados no tecto da cabina e a qualidade da comunicação nem sempre é brilhante.
Mesmo que a comunicação seja de má qualidade lembre-se que o que interessa é que o ouçam a si. Por isso tente ser claro na informação que presta. Algumas empresas conseguem localizar o equipamento avariado mal a chamada é efectuada, mas noutros casos é necessário transmitir com clareza a localização do elevador. Morada, incluindo a cidade ou lugar, nome do prédio, ou qualquer outra referência que identifique a instalação é fundamental para que lhe possam prestar assistência.
Se estiver num país em que não se consegue expressar na língua do seu interlocutor, não deixe por isso de fazer na mesma o seu pedido. A chamada vai ser gravada e é obrigação da outra pessoa fazer os possíveis por encontrar alguém que consiga traduzir o que transmitiu.
Entretanto grite, tente usar o telemóvel, ou bata nas portas e paredes para que alguém no edifício se aperceba da sua situação. Quanto mais pessoas souberem, mais rapidamente chegará o auxílio.
Se lhe for possível veja as horas. Conte que um processo de resgate pode durar 2 horas, por isso tem de se preparar para a possibilidade de estar preso durante esse tempo. Prepare-se e prepare as pessoas que estão consigo para esse facto. Manter a calma é muito importante. Se há crianças dentro da cabina isso ainda é mais importante.
Tente que toda a gente se sente no chão ou se agache. O facto de estar mais longe do tecto diminui em muito a sensação de claustrofobia, e faz desaparecer a desagradável sensação de opressão perante pessoas mais altas. Para as crianças isto é muito confortável.
Há pessoas que entram em desequilíbrio fisiológico numa situação deste tipo. Sentem vontade de urinar, vomitar, ou tirar a roupa que têm vestida. Estas situações são normais e devem ser compreendidas pelas restantes pessoas dentro da cabina. Tente que essas pessoas consigam ficar mais confortáveis e que tenham o máximo espaço que lhes seja possível dispensar.
Veja as horas muitas vezes. Vai-se aperceber que o tempo custa a passar e que é importante que todos percebam que apesar de terem a ideia que a situação se arrasta há horas, ainda só passaram apenas poucos minutos.
Quando a ajuda chegar, e se o resgate for feito por um técnico, respeite as instruções que lhe forem dadas. É muito perigoso abandonar uma cabina desnivelada em relação ao patamar, sem tomar todas as previdências para que a mesma não comece a deslocar-se nesse momento. Se o abandonar da cabina tiver de ser feito por uma pessoa de cada vez, garanta que se cria uma prioridade que evacue primeiro as pessoas em maior estado de choque.
Se a paragem da cabina se verificou por falta de energia, e entretanto a mesma foi reposta, a maior parte dos elevadores vão entrar num processo de “reconhecimento de poço”. Isto é, vão fazer uma série de movimentos ao longo do edifício que vai permitir que o elevador perceba onde se encontra a cabina. Só ao fim de alguns desses movimentos aparentemente desconexos é que a cabina se vai imobilizar e abrir as portas. Por isso tenha calma até que o processo termine.
Também no caso de se ter verificado um corte de energia, os elevadores que estirem munidos de sistema de evacuação automática irão activar esse dispositivo. O que vai acontecer é que alguns segundos após o corte de energia (varia entre 15 e 60 segundos conforme as marcas) a cabina irá iniciar um movimento muito lento de deslocação até um dos pisos mais próximos, e as portas irão abrir (também mais lentamente que normalmente) e assim ficarão. Abandonar a cabina é, nessa fase, completamente seguro.
Se quer saber como tornar o seu elevador mais seguro, porque não contrata a HAPE para o ajudar?

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