Não sendo propriamente uma novidade, a variação de frequência ganhou predominância nos elevadores na última década. Antes disso os equipamentos eléctricos eram de uma ou duas velocidades.
Os comerciais de elevadores foram instruídos para apresentarem ao cliente a variação de frequência como uma fórmula para se conseguir um maior conforto nas viagens. Essa abordagem parecia a mais correcta para valorizar uma solução técnica que trazia consigo muitas outras vantagens.
O problema é que quem compra os elevadores a maior parte das vezes não os vai utilizar ou tem de aturar os seus problemas, por isso a melhor abordagem de venda ainda é a que realça o aspecto exterior do equipamento e o conforto da viagem. Raros são os compradores que estão verdadeiramente interessados em ouvir discursos sobre resistência de materiais, desgaste, segurança ou outros assuntos de cariz mais técnico.
Mas a verdade é que a variação de frequência trouxe ao vulgar elevador de habitação uma série de mais-valias que até esse momento lhe estavam vedadas.
Para se perceber melhor convém entender como actua a variação de frequência. Basicamente acontece que tanto a aceleração como a travagem da máquina se processa de uma forma gradual, ao contrário do que acontecia com os equipamentos de duas velocidades que arrancavam a uma dada velocidade e “saltavam” para a velocidade seguinte de uma forma repentina.
É fácil entender que a qualidade da viagem fica muitíssimo beneficiada com este processo, chegando a haver equipamentos em que não é perceptível ao passageiro o arranque e a paragem da cabina.
Outra possibilidade que passou a acontecer foi a paragem nivelada ao piso. Aquele típico “degrau” que acontecia nos velhos elevadores deixou de ter razão de existir, dado que tecnicamente é possível fazer a afinação ao milímetro. Há até equipamentos mais sofisticados em que, independente do peso transportado na cabina, o comando acerta milimetricamente a cabina ao piso após a primeira imobilização da mesma. Esta correcção acontece durante o tempo de abertura das portas.
Sem querer alongar esta análise para o campo da poupança de energia, quero terminar apenas referindo a durabilidade que este sistema trouxe aos materiais. Quase não há aquecimento do motor e da máquina e o aumento da vida útil destes componentes pode alargar-se em mais de 80%. Isto é uma vantagem de muito dinheiro para o cliente.
Como tudo há alguns senãos, sendo o mais relevante a particular sensibilidade que o variador de frequência tem à instabilidade eléctrica provocada por trovoadas e picos de corrente. Tratando-se de um componente caro, um variador queimado pode ser um rombo grande no orçamento da manutenção. Elevadores deste tipo devem estar bem protegidos por contratos de manutenção completa, seguros de risco ou preparados para uma boa luta com a empresa fornecedora da energia eléctrica.
Para o ajudar existe a HAPE. Sempre que tenha dúvidas não pense duas vezes e consulte-nos.
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