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segunda-feira, 30 de maio de 2011

Modernizar a alma e o corpo.

A modernização de um equipamento acontece quando esse equipamento passa a ser dotado de capacidades ou serviços que não tinha antes da intervenção.

Quer isto dizer que se se trocar uma máquina a um elevador mas que a máquina nova instalada tenha as mesmas características da velha, estamos a proceder a uma reparação. Só se considera modernização se a nova máquina instalada tiver características diferentes da anterior. Por exemplo passar de uma velocidade de 1 metro por segundo, para 1,25 metros por segundo.
Numa próxima oportunidade irei falar nas consequências das modernizações dos elevadores no seu enquadramento legal, e a necessidade que há de em determinadas modernizações proceder-se a uma inspecção extraordinária do aparelho.
Hoje quero abordar a questão das modernizações na óptica do utilizador.
As modernizações são ponderadas no momento em que se chega à conclusão que o equipamento em questão não está capaz de manter o mesmo perfil e continuar operacional.
Ou porque a legislação o determina, ou porque os componentes estão descontinuados e não podem ser substituídos, ou porque a performance do elevador é insuficiente, ou porque o edifício mudou de função e necessita de outro tipo de características, ou apenas porque o mesmo se tornou desconfortável ao utilizador.
Mas é muito importante que se entenda que quando se toma a decisão de modernizar um equipamento se entenda que vamos relançar a vida desse elevador em mais uma série de anos, e o trabalho de revitalização só é conseguido quando se melhora não só a parte funcional do aparelho, como também a sua parte visual.
Tem de haver a nítida percepção que houve uma intervenção capaz de relançar a confiança dos utilizadores naquele elevador, e isso consegue-se quando essa obra é notada imediatamente no momento em que voltamos a utilizar o equipamento.
Arranques mais suaves, portas menos ruidosas, luz alterada, espelhos modificados, substituição do piso, botoneira mais apelativa, etc. são pormenores que devem ser pensados no momento da modernização. São estes (e outros) pequenos detalhes que fazem com que seja relançada a confiança no renascimento daquele elevador.
Por curiosidade faço uma pausa para falar na substituição do piso. A maior parte das pessoas desconhece que, por causa da timidez, mais de 70% das pessoas que utilizam um elevador em conjunto com desconhecidos fazem parte da viagem com os olhos pregados no chão, e que o tipo de piso é fundamental para transmitir sensações de conforto e comodidade.
O gestor de um elevador sabe que a vida do seu equipamento é composta dos anos antes da modernização e dos anos após a modernização. A escolha da modernização a realizar deve ser uma situação bem ponderada e acompanhada senão corre-se o risco de haver um desperdício total no investimento realizado.

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