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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Objectivos a curto prazo da industria dos elevadores.

Michel Charlton desempenhou durante 4 anos o papel de presidente da ELA, a Associação Europeia de Elevadores, e na sua carta de passagem de testemunho ressalva 5 objectivos para a indústria dos elevadores.
Três desses objectivos são muito importantes para o utilizador comum desses equipamentos. São a segurança, a poupança de energia e a acessibilidade.
De uma forma muito clara refere no caso da segurança a aplicação da SNEL – a norma europeia de segurança para elevadores instalados -. Congratula-se pelo facto de cada vez mais países estarem a transcrever essa norma para a sua própria legislação (o que ainda não é o caso de Portugal), e lamenta que muitos proprietários de edifícios não compreendam que em caso de acidente nos seus elevadores terão de assumir um elevado custo social, e que elevadores seguros são uma valorização do prédio em que estão inseridos.
Como é natural não deixa de referir que a segurança é importante para os utilizadores dos elevadores mas também para os técnicos que neles têm de trabalhar na sua manutenção. Afinal são eles, estatisticamente, as principais vítimas da falta de segurança nestes equipamentos.
No caso da poupança de energia fala com satisfação nos diversos estudos que estão a ser desenvolvidos no sentido de criar equipamentos mais eficazes em termos energéticos, e refere ainda as diversas opções que se têm implementado para a redução de energia em stand-by.
No ponto da acessibilidade refere que a indústria dos elevadores é a que mais importância assume no caso da acessibilidade dos edifícios, constata que a Europa cada vez mais tem uma população mais idosa e com mobilidade condicionada, e compreende que o processo das acessibilidades é uma área em permanente evolução e melhoria.
Diria eu, neste ponto específico, que Portugal não faz parte deste cenário. O desprezo a que é votada a problemática da acessibilidade, faz-me acreditar que no nosso país a acessibilidade é letra morta para a grande parte dos intervenientes activos.
Michael Charlton refere ainda como prioridades do sector a harmonização dos componentes e a satisfação dos empregados. São assuntos que denotam visão para o futuro, mas que dizem menos respeito ao utilizador dos elevadores. Por isso decidi não desenvolver qualquer informação sobre estes dois pontos.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Mais um acidente com morte num elevador

Transcrevo hoje a notícia de mais um acidente com perca de vidas ocorrido num elevador.

Pareceu-me este caso relevante porque ocorre em Paris e não numa qualquer cidade sul-americana ou africana. No nosso entendimento europeu o nosso nível de segurança é sempre muito elevado, mas no fundo é tão falível como qualquer outro.

Mais dramático é que este acidente acontece menos de um mês depois de um outro acidente em Paris ter deixado gravemente feridos uma mãe e os seus dois filhos de 4 e 7 anos.

Se um acontecimento destes já é lamentável, dois são um perfeito drama.

Em Portugal andamos a jogar à cabra cega com a sorte. Todas as semanas vejo elevadores no limiar da segurança.

E o maior problema é que na maior parte dos casos as pessoas me dizem que nos tempos que correm não há dinheiro para reparações. Até me arrepio.

Aqui segue a notícia transcrita em francês do jornal on-line Le Parisien.

Publié le 24.11.2011, 17h08 | Mise à jour : 25.11.2011, 08h04
Un ouvrier est décédé et deux autres ont été gravement blessés, dans un accident d'ascenseur survenu dans un immeuble de l'Armée du salut, dans le XIe arrondissement de Paris.
| (LP/BENOIT HASSE)
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Un ouvrier est décédé et trois autres ont été blessés, dans un accident d'ascenseur survenu cet après-midi à Paris. Le drame s'est produit dans un immeuble de l'Armée du salut dans le XIe arrondissement de Paris, rue Crespin du Gast avait annoncé à l'AFP Ian Brossat, conseiller PCF de Paris, qui est à l'origine d'une mission d'étude à la mairie de Paris sur la sécurité des ascenseurs.

Vers 15 heures, quatre ouvriers qui travaillaient sur la réparation de l'ascenseur dans la fosse technique haute de 80 centimètres ont vu la cabine bloquée au troisième étage chuter sur eux.

Selon le bilan officiel fourni par la préfecture, un des techniciens est mort, deux autres sont gravement touchés mais «leur pronostic vital n'est pas engagé» et le quatrième ne souffre que de quelques contusions.

Les sapeurs-pompiers ont mis deux heures à remonter manuellement la cabine pour dégager les victimes.

Les victimes «coincées sous la cabine»
D'après des résidents, les travaux de réparation de l'ascenseur installé dans ce foyer du Samu social géré par l'Armée du Salut avaient débuté il y a deux ou trois jours. «L'équipement posait pas mal de problèmes» d'après la même source.

Ian Brossat rappelle que «cet accident grave intervient moins d'un mois après le drame survenu dans le même arrondissement qui avait grièvement blessé une femme et ses deux enfants du fait du dysfonctionnement d'un ascenseur».

«Cette succession d'événements tragiques doit nous conduire, une fois de plus, à exercer une vigilance sans faille pour que la sécurité des usagers et des techniciens ascensoristes soit assurée», a-t-il ajouté dans un communiqué.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

O tempo de espera por um elevador.

Um dos mais polémicos artigos que escrevi neste blogue foi um que mencionava o tempo de espera em patamar pela chegada de  um elevador.
Recebi diversos comentários de pessoas que nunca tinham pensado nisso e nas implicações no conforto do edifício.
Hoje vou publicar um mapa, retirado de um trabalho de Henri Hakonen e Dr. Marja-Liisa Siikonen, que mostra e classifica o nível de serviço em relação ao tempo de espera.´
O que é mais engraçado é que a minha muita curiosidade pela performance dos elevadores nunca descobriu em Portugal nenhuma instalação ao nível da excelência, muito poucas ao nível de bom e muitas, mesmo em hotéis de 5 estrelas e grandes edifícios de escritórios, que se ficam pelo nível de satisfatório.

Há bem poucos dias estive num hotel com apenas 5 pisos, e 4 estrelas, que tinha os elevadores com a técnica de ficarem com a porta aberta no piso principal, em que o tempo de resposta era tão lento para as pessoas que faziam a chamada nos outros pisos que nem consegui evitar o riso.

O elevador demorava 43 segundos a chegar ao piso 2. Incrível.

Mas a maior parte das pessoas nem se apercebe das dificuldades que os elevadores mal calculados podem causar nos utilizadores de um edifício.

Há pouco tempo uma empresa de serviços de Chicago, com mais de 300 empregados, mudou-se de edifício porque os elevadores demoravam tanto tempo a chegar e eram tão inoperacionais que havia níveis de stress elevado entre os funcionários, o que causava centenas de milhar de dólares de prejuízo por ano em quebras de produtividade.

De certeza que o promotor do edifício já se arrependeu de não ter pensado nas características dos elevadores no momento em que os comprou.

domingo, 13 de novembro de 2011

O mapa da acessibilidade nos elevadores da Europa. Uma posição de que Portugal não se pode orgulhar.

A Europa prepara a publicação de um mapa que traduz a situação actual nos seus diversos países no que respeita a acessibilidade dos elevadores.
Da mesma maneira que no caso da adaptação das regras defendidas pela SNEL, Portugal também não fica bem na fotografia da acessibilidade.
 
Como podemos ver no mapa, para já provisório, que poderá vir a ser publicado, Portugal não faz parte do pelotão dos países que já adaptaram a legislação na defesa dos seus cidadãos com mobilidade condicionada. Há mais de uma dúzia de países que estão à nossa frente neste particular.
Podemos dizer que estamos ao nível da Alemanha, mas isso não nos deve entusiasmar muito porque dentro de poucos meses a Alemanha terá o seu processo concluído e nós continuamos a atirar a resolução para daqui a anos.
Aliás tenho as minhas suspeitas que alguns dos países que actualmente ainda não legislaram este assunto ainda vão a tempo de emitir a legislação e fazer a sua implementação antes de nós a concluirmos.
O curioso é que até começamos muito bem com o célebre decreto 123, mas os prazos que o decreto 163 veio introduzir (algumas adaptações podem estender-se até 2016) são muito longas. Depois ainda vem o facto de faltarem tantas e tantas coisas que ainda não estão incluídas na actual legislação e que, pelo que se pode prever,  vão atirar a total aplicação da legislação da acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada para mais de uma década.
Realmente não é um orgulho para Portugal.
O que é mais interessante, e triste, é que até ao nível dos elevadores que se instalam novos em Portugal há muitos deles que não estão completamente adaptados à acessibilidade de pessoas com mobilidade condicionada.
Porque será? Ignorância? Desprezo pelas pessoas que disso poderiam beneficiar? Tentativa de poupar dinheiro?
Para mim é apenas pouca informação e falta de apoio no momento da compra do elevador.
A única solução é mesmo pedir à HAPE para dar uma ajuda.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

HAPE. Os primeiros 6 meses a analisar contratos de manutenção de elevadores.

Há 6 meses que começamos a trabalhar com os proprietários de elevadores no sentido de os fazer reduzir os custos de manutenção dos seus elevadores.
E resolvemos fazer um apanhado daquilo que conseguimos propor às pessoas que nos consultam.
Até ao início de Novembro analisamos 197 contratos de manutenção de elevadores, espalhados por todos os distritos de Portugal. Mais de um por dia de Maio até fim de Outubro.
Esses contratos diziam respeito a mais de 410 elevadores.
O valor total pago por esses contratos no ano de 2011 ultrapassava os 600.000,00€, e conseguiu-se apresentar aos proprietários propostas que fizeram reduzir esse valor global em 37%.
Conseguimos em alguns casos reduções de custos superiores a 60%, havendo mesmo um caso extremo em que se conseguiu fazer uma proposta que representava uma redução de 73%.
Também houve casos em que não foi de todo possível melhorar as condições contratuais existentes, e noutros casos a redução representou valores na ordem dos 3 a 8%.
Todos os valores referidos dizem respeito a propostas que mantiveram, ou melhoraram, as condições contratuais anteriormente existentes, não há reduções de custos quando se passa um contrato completo para simples.
Estes números são um belo cartão-de-visita para a HAPE, e por isso os mostramos com orgulho.
Não fica com curiosidade de saber o que podemos fazer no seu caso? Não acha que pode ser interessante falar de nós aos seus amigos que também têm elevadores?

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A utilização de elevadores em edifícios em emergência. Os elevadores de bombeiros.

Especialmente depois do 11 de Setembro foi relançada a discussão sobre a utilização dos elevadores como meio de evacuação de edifícios em alerta ou onde decorre um incêndio.
Isto porque a rápida evacuação de feridos, doentes ou pessoas com mobilidade reduzida é muito complicada quando tem de ser feita por escadas.
Entretanto em 2003 na Europa é publicada a norma EN 81 – 72 que cria as condições para a existência nos edifícios de um elevador especial a que se viria a chamar “Elevador de Bombeiros”.
Então que características têm estes elevadores?
1 – Obedecem a todas as características de um elevador normal.
2 – Devem ter uma área mínima de 1100 mm x 1400 mm e 630 kg de carga, ou 1100 mm x 2100 mm e 1000 kg de carga se se quiser prever o transporte de macas.
3 – Devem ter uma velocidade que garanta que entre o piso de evacuação e o piso mais afastado a cabina consiga fazer o percurso no máximo em 60 segundos.
4 – Todos os acessos devem estar protegidos por antecâmaras protegidas por portas corta-fogo.
5 – No piso de evacuação existe um comutador com chave triangular que muda a operação do elevador de normal para Bombeiros.
Accionada a emergência o elevador actua como tendo um comando de incêndio normal – vem ao piso de evacuação e abre as portas, mantendo-se assim – e de seguida passa a obedecer a comandos específicos de bombeiros.
Nessa fase o elevador passa a cumprir apenas ordens do interior da cabina.
1 – Apenas recebe uma chamada de cada vez na cabina.
2 – As portas só abrem com a pressão constante do botão de “Abre portas”, voltando a fechar mal o botão deixa de ser pressionado.
Para além destas características os elevadores de bombeiros são concebidos com todos os seus comandos eléctricos protegidos contra a água, isto para se manterem operacionais mesmo na presença da água utilizada para apagar os incêndios, e também estão obrigatoriamente ligados a um equipamento gerador eléctrico que lhes permite manterem-se operacionais mesmo quando a energia do edifício foi cortada.
Um edifício que possua um elevador deste tipo já pode equacionar a sua utilização para a evacuação de pessoas em caso de emergência.
A aplicação da norma EN 81-76 vai levar o assunto um pouco mais longe e regulamentar a evacuação assistida, e também as regras de auto-evacuação, das pessoas com mobilidade reduzida nos edifícios em emergência.
Infelizmente não conheço em Portugal casos de elevadores de Bombeiros instalados. Por isto ou por aquilo os fabricantes e os promotores dos edifícios raramente chegam a acordo para fazer a sua instalação.
De qualquer modo há uma boa oportunidade de fazer desaparecer dos edifícios o célebre dístico de “Não use o elevador em caso de incêndio”, e dentro de alguns anos o contrário será o mais natural de se ver.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

As portas dos elevadores de uso profissional e de alta performance.

Hoje resolvi escrever um pouco sobre os requisitos especiais das portas dos elevadores que têm usos industriais e de grande necessidade de fiabilidade.
Estou a falar de elevadores de hospitais, de elevadores de carga de centros comerciais, elevadores instalados em fábricas, estações de comboio ou metro, etc.
Em comum estes elevadores têm a grande utilização e o pouco cuidado a que muitas vezes estão sujeitos.
Então como devemos escolher uma porta de elevador que vai estar sujeita, muitas vezes, a mais de 500 movimentos por dia, sofre pancadas equivalentes a mais de 100 quilogramas-força (1000 N), sujeita a cargas elevadas nas suas soleiras, está instalado em zonas de pouca limpeza, e tem de ser fiável e estar preparada para durar 20 anos?
A resposta é só uma. Tem de ser uma porta de muita qualidade.
Há no mercado algumas empresas especializadas em fabrico de portas de elevadores que têm no seu catálogo portas deste tipo.
Quais são as suas características? Soleiras de aço em vez de alumínio e com apoios reforçados, calhas de guiamento com auto-limpeza e sistemas de ocultação automática quando a porta se abre, reforço da estrutura da porta capaz de aguentar pancadas de grande violência, operadores de abertura e fecho com motores de variação de frequência e de preferência sem recurso a correias, protecção contra fogo no top da exigência legal, detector de pressão para reabertura ajustável em valores próximos dos 50 N.
Claro que uma porta deste tipo tem um custo muito superior ao de uma porta normal, e por vezes é assustador para uma EMA ir entregar a um cliente um orçamento para modernizar um elevador que necessite de portas deste tipo.
Como nem todas as EMA usam material deste, pode acontecer que dois orçamentos tenham valores com 200% de diferença de um para o outro.
Ao dono do elevador compete entender o que realmente justifica tal investimento, e garanto que em muitos casos justifica mesmo.
É a diferença de um taxista achar que pode fazer o mesmo trabalho com um Mercedes ou com um Fiat 500. Poder pode, mas mão é mesmo a mesma coisa.
Se um dia tiver de fazer uma modernização e for confrontado com um cenário destes, vai ter dúvidas. É nesse dia que deve consultar a HAPE.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vantagem da HAPE como intermediária de contratos de manutenção de elevadores.

A pergunta que mais me colocam quando se fala em contratos de manutenção, é sobre como é que a HAPE intervém na negociação, renegociação ou assinatura de um novo contrato de manutenção de elevadores.
Como um angariador de seguros busca no mercado a melhor solução para o seu cliente e possui acordos com as seguradoras para quem angaria carteira, a HAPE funciona de maneira idêntica no que respeita os contratos de manutenção de elevadores.
Na base de diversos protocolos celebrados com algumas EMA, procuramos a melhor solução para cada cliente que requer os nossos serviços.
Só trabalhamos com EMA de prestígio e a nossa preocupação maior é a segurança e legalidade, mas temos consciência de que nos tempos que correm o factor preço é preponderante para a escolha de um fornecedor.
Neste momento já abrangemos quase todos os sectores do mercado dos elevadores. Temos protocolos para a Hotelaria, Cultura, Saúde e Habitação. Em breve também teremos protocolos para o Comércio e Indústria. E conseguimos dar garantia de um serviço de excelência para qualquer equipamento que aceitemos representar. E sempre a preços altamente competitivos.
Não é só no preço que os nossos serviços são interessantes. Também as condições técnicas dos protocolos defendem melhor os interesses dos nossos clientes.
 Às vezes quem me questiona não entende o que é que a HAPE ganha se na maior parte das vezes o cliente não paga nada.
Da mesma forma que quando vamos a uma agência de viagens compramos uma estadia de hotel mais barata do que se nos dirigíssemos ao próprio hotel, o mecanismo é completamente comparável. No fundo os nossos clientes beneficiam de preços como se estivessem a comprar em grandes quantidades.
Tudo claro como a água. Com a HAPE só pode beneficiar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nos elevadores, o que é uma reparação e o que é uma modernização.

A legislação reguladora da actividade referente aos elevadores instalados em Portugal abre um espaço em que define o que são “obras de manutenção”, que vulgarmente se designam por reparações, e “obras de beneficiação”, a que é costume chamar modernizações.
Assim o legislador, e bem, determina que todas as obras que visem reparar ou substituir por outro componente de igual capacidade um elemento que exista na origem do equipamento, é uma reparação.
As obras que alteram, e melhoram, as características iniciais dos elevadores são modernizações.
Mas porque é que o legislador se terá preocupado em colocar estas definições no Decreto-Lei?
Pela simples razão que quis salvaguardar a segurança dos equipamentos. Assim determinou que no caso das alterações às características básicas dos elevadores, os mesmos teriam de ser sujeitos a uma inspecção extraordinária para voltarem a ser colocados em funcionamento.
E o legislador vai ainda mais longe e inúmera uma série de modernizações possíveis de ocorrerem em ascensores instalados.
Fala a legislação na alteração da velocidade nominal, na carga da cabina, na alteração de portas de patamar, no número de paragens do elevador, na colocação de portas de cabina ou comunicações bidireccionais, nas barreiras ópticas de protecção, nas alterações nos cabos de suspensão, dos comandos e dos pára-quedas progressivos, na mudança da máquina de tracção quando se alteram as suas características, etc.
Por vezes os donos dos elevadores confundem reparações com modernizações e custa-lhes a entender que muito pouco têm de relação umas com as outras.
Muitas vezes as modernizações ocorrem por alterações legislativas que a isso obrigam, e o elevador pode estar perfeito e necessitar de alguma modernização desse tipo.
Outras vezes as modernizações tornam-se necessárias porque alguns componentes dos elevadores já não se fabricam e torna-se impossível reparar uma avaria por evidente falta de peças.
Mas uma coisa é certa, se houver lugar a uma modernização, o dono do elevador deve ficar com a ideia que o seu elevador ficou rejuvenescido.  
Mas temos de ter algum bom senso com as modernizações. Hoje resolvi escrever sobre este tema por ter visto um elevador completamente obsoleto com uma máquina de tracção completamente topo de gama. É como se tivessem feito um implante capilar a um moribundo em coma profundo. Não parece mesmo ser a coisa mais importante para aquele caso.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Roçadeiras e lubrificação das guias.

As cabinas e os contrapesos dos elevadores são órgãos mecânicos que se deslocam verticalmente “agarrados” a guias. Para suavizar esse movimento e garantir o máximo conforto aos viajantes sem que existam níveis de ruído completamente insuportáveis, os fabricantes de elevadores criaram roçadeiras que facilitam o deslize de uma superfície sobre a outra.
Nos primórdios as roçadeiras eram feitas em materiais como a madeira e o feltro, e com a evolução passaram a ser predominantemente em nylon.
Em elevadores de alta performance, especialmente nos mais rápidos, os fabricantes instalam roçadeiras de rodas (que atacam ao mesmo tempo os lados e o topo da guia), que permitem viagens muito mais suaves mesmo que a instalação das guias não esteja completamente perfeita.
Qualquer um destes tipos de roçadeiras sofre um enorme desgaste por atrito, e para minimizar esse efeito existem uns “copos” de lubrificação automática no topo de cada guia, e que vão libertando óleo que vai sendo espalhado ao longo da guia.
Mesmo lubrificadas as roçadeiras têm uma vida útil relativamente curta, e se não forem substituídas com regularidade a viagem torna-se incómoda.
No caso das roçadeiras de rodas o principal problema é “griparem” os rolamentos das rodas, o que faz com que estas vão ficando quadradas e que passem a ter um efeito inverso ao proporcionarem conforto.
O proprietário do elevador deve estar atento ao que lhe diz a sua EMA sobre o estado das roçadeiras, e ser sensível à sua substituição.
Mas se tiver dúvidas consulte a HAPE. De certeza que o vamos conseguir ajudar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

As empresas de manutenção de elevadores (EMA) são todas iguais?

As EMA são tão iguais umas às outras, como as equipas de futebol também o são entre si.
Se alguém pensa que o Real Madrid, Manchester United, ou Inter de Milão, são a mesma coisa que o Trofense, o Santa Clara e o Barreirense, então também pode acreditar que as EMA que estão no mercado são todas iguais.
Podemos acreditar que em qualquer clube de futebol se trabalha com honra e honestidade, e que nesses aspectos prevalece a máxima de que “podem ser tão honestos como eu, mas mais honestos não são de certeza”, mas as semelhanças terminam mesmo por aí.
No nosso subconsciente sabemos bem valorizar a qualidade quando a situação é séria, e temos de, por exemplo, procurar o melhor médico para operar o nosso filho. Da mesma maneira somos capazes de diferenciar um bom leitão da Bairrada, de um dos que se vende sob o mesmo nome num qualquer supermercado.
Sabemos o que é uma boa alheira, um bom carro, uma boa camisa, ou um bom perfume, da mesma maneira que sabemos que há alheiras, carros, camisas e perfumes que não são bons, ou tão bons como os anteriores. Não quer isso dizer que não haja quem ganhe a sua vida honestamente a vender alheiras, carros, camisas e perfumes de fraca qualidade.
Com as EMA passa-se exactamente a mesma coisa. Há as que têm níveis de qualidade elevado, médio e baixo.
Como num clube de futebol, apenas com uma grande dimensão é possível ter um trabalho de excelência. Uma empresa com poucos funcionários e uma acção localizada tem muito menos hipóteses de enfrentar as dificuldades que surgem por vezes no mundo dos elevadores.
Quando tudo corre bem, o que acontece a maior parte das vezes, qualquer empresa pode parecer capaz e eficiente, mas quando aparece um grande problema as empresas de pequena dimensão fraquejam de imediato.
As coisas ainda ficam mais complicadas quando a tecnologia não para de evoluir e produz elevadores e escadas rolantes cada vez mais sofisticadas. As grandes empresas podem dar-se ao luxo de ter nos seus quadros técnicos que se especializam numa determinada tecnologia e equipamento, formando-os, especializando-os e utilizando-os sempre que surge uma situação de rotura nessa área.
Numa empresa de pequena dimensão existe normalmente um grande técnico, mas isso é sempre altamente redutor. Voltando ao paralelismo com as equipas de futebol, é como se achássemos uma boa solução que o guarda-redes fosse quem marcasse os cantos, e os lançamentos de linha lateral, e ao mesmo tempo quem fazia de massagista e chefe da claque.
A opção por uma pequena EMA nunca é a melhor opção, mas pode ser uma boa opção no caso concreto de uma determinada instalação. Se se tratar de uma instalação de baixa performance, como é o caso de alguns equipamentos instalados em edifícios de habitação, a opção por uma EMA local pode ser a opção que mais interessante poderá ser em termos de custo qualidade. Mas se se tratar de elevadores em edifícios com necessidade de altos níveis de fiabilidade a aposta tem de ser forçosamente numa empresa de top.
São inúmeros os factores que nos devem fazer optar por empresas de top, mas nem sempre esses factores são visíveis para o cliente. Muitas vezes só se vão ver as diferenças quando ocorrem problemas graves.
Mas o relacionamento com uma EMA de top é difícil para o proprietário de um elevador. Temos de saber a que nível devemos colocar a fasquia do desempenho que esperamos seja realizado. Eles devem ser capazes de fazer realmente melhor que a sua concorrência de menor dimensão. Ou pelo menos ter essa performance em momentos de crise.
A gestão dos elevadores também passa por isto. Controlar a acção de cada EMA, em cada momento e perante cada situação. É isto que a HAPE melhor sabe fazer.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O que é uma cláusula C1, e como se determina.

Os ascensores, monta-cargas, e escadas e tapetes rolantes, são sujeitos a inspecções periódicas ou extraordinárias nas quais se verificam as condições de segurança desses equipamentos.
Sempre que são detectadas inconformidades desse tipo, a entidade inspectora deve levantar uma cláusula para que a mesma seja corrigida.
A Direcção Geral de Geologia e Energia definiu uma hierarquização dessas cláusulas e classificou-as, mediante o risco de segurança que representam, em C1, C2 e C3.
As que nos interessam hoje são as C1, que são aquelas que obrigam a que o equipamento seja imediatamente imobilizado e selado. São, por isso, falhas que podem originar de um momento para o outro acidentes com graves consequências para os utilizadores ou técnicos de manutenção.

Mas atenção que a aplicação das cláusulas está relacionada com a data da entrada em funcionamento do equipamento. Quer isto dizer que uma situação verificada num elevador que entrou em funcionamento em 1959, não tem as mesmas consequências que num equipamento de 1998.
Perante a localização de uma C! o equipamento é imediatamente imobilizado, e só volta a ser colocado em funcionamento após a correcção dessa cláusula e a reinspecção  do aparelho.
Muitas vezes a descoberta de uma C1 deve penalizar a EMA responsável pela instalação, porque tal facto denota incúria e desleixo na prestação do serviço, mas tal leitura deve ser feita com muita prudência porque há situações em que, mesmo verificando-se uma C1, a responsabilidade da EMA pode ser diminuta ou mesmo nula.
Mas na maior parte dos casos há uma má prática ou procedimento por parte da EMA, e o dono do equipamento deve disso tirar as consequências.
A primeira coisa a fazer é pedir à EMA uma explicação detalhada sobre o que se passou e o seu porquê. Quando chegar o relatório, que deve ser entregue no mesmo dia da inspecção periódica, e se o proprietário do equipamento – se tiver conhecimentos para isso - deve fazer a avaliação das responsabilidades e tomar a decisão que melhor defenda a segurança dos utilizadores do seu equipamento.
Mas esse trabalho de avaliação deve ser feito com muita prudência e com o aconselhamento de alguém que seja conhecedor e isento.
Vamos ver um exemplo. Nos elevadores que possuem portas de batente com um vidro, situação que toda a gente já viu, se esse vidro estiver partido ou mesmo rachado com saliências, o elevador deve ser imobilizado com uma cláusula C1.
Ora como é fácil de compreender o vidro podia estar inteiro na véspera da inspecção e ter sido partido uma hora antes de chegar o inspector. Num caso deste tipo a responsabilidade da EMA é nenhuma.
Dado que estamos a falar de segurança, as cláusulas das inspecções periódicas são fundamentais. Acompanhe o processo com atenção, e se sentir necessidade de apoio recorra à HAPE.

domingo, 2 de outubro de 2011

Como sabemos que “aquela” reparação é mesmo necessária para o nosso elevador?

Todos os proprietários e administradores de elevadores já foram confrontados com orçamentos, ou em alguns casos com facturas, para reparações cuja necessidade questionam.
O problema é que não há grande solução para acabar com as desconfianças que tais situações podem originar.
Este é um mundo que funciona na base da confiança que se deposita na empresa que faz a manutenção do nosso equipamento.
Acontece que poucas empresas são confiáveis ou funcionam no mesmo padrão de avaliação de necessidade que os proprietários dos elevadores.
As empresas de pequena dimensão ou sem códigos éticos elevados possuem padrões de actuação que podem lesar os donos dos elevadores de várias formas distintas:
- Como sofrem pressões de tesouraria constantes por vezes têm tendência a explorar o desconhecimento dos clientes.
- No inverso podem ter tendência a não substituir um componente porque consideram que o mesmo ainda pode durar mais uns tempitos se se fizer uma pequena correcção.
- Perto da data da renovação do contrato não fazem reparações porque isso pode fazer com que o cliente encare a possibilidade de mudar de empresa de manutenção, e então preferem adiar as reparações ao máximo e se for preciso até encaram chantar alguns órgãos de segurança do elevador até haver uma ocasião mais propícia para apresentar a reparação ao cliente.
- Apresentam-se sempre como uma solução menos dispendiosa que as grandes multinacionais, e para conseguirem isso os componentes que aplicam nos elevadores (especialmente os que são fabricados pelas grandes marcas de elevadores, por exemplo placas electrónicas, botoneiras, displays, etc.) nem sempre são de origem, e recorrem vulgarmente a fornecedores que conseguem material similar mas de qualidade não comprovada.
As grandes empresas têm uma grande preocupação com a qualidade e a ética, mas também são implacáveis em termos comerciais. Nem sempre as suas posições são as mais interessantes para os seus clientes. Podem lesar os interesses dos donos dos elevadores de várias formas:
- Os funcionários sofrem imensa pressão para atingir objectivos, e por vezes forçam vendas que são mais interessantes para eles do que para os clientes.
- A preocupação da qualidade obriga a que as reparações sejam mais radicais e só se admita a substituição integral dos componentes, quando por vezes poderia haver soluções alternativas.
- A política dos orçamentos “Imediato, Necessário e Útil” condiciona muito a aprovação do cliente. Todos os comerciais são instruídos para apresentar aos seus clientes orçamentos em que consta uma parte de reparações que são indispensáveis no imediato, uma parte de reparações que não sendo urgentes são previsíveis e preventivas, e uma parte que apenas fala de embelezamento e conforto. Perante este tipo de orçamentos o cliente sente imensa dificuldade em saber o que aprova, ou não aprova.
Com estes pequenos exemplos quis mostrar a grande dificuldade que o dono de um elevador ao olhar para um orçamento de uma reparação do seu elevador.
O elevador é uma máquina complexa, sujeita a legislação muito específica e sujeita a regras de segurança muito apertada, e a maior parte das pessoas é completamente leiga em tudo o que diz respeito aquele equipamento tão fundamental na vida do dia-a-dia.
Então só há duas opções. Ou confia cegamente na empresa de manutenção que lhe presta o serviço, ou então tenta arranjar quem o ajude a tomar essa decisão.
É aí que a HAPE pode surgir na sua vida. Como o parceiro que o ajuda a tomar as melhores decisões e ao preço mais justo. Contacte-nos.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cintas de tracção versus Cabos de aço – Vantagens para dono do elevador

Algumas fabricantes de topo, com a OTIS na dianteira, lançaram no mercado há uns anos máquinas de tracção que substituíam os tradicionais cabos de aço por cintas de multi-filamentos de aço revestidas a “borracha”.
A ideia foi rapidamente desenvolvida por outras marcas e está neste momento implementada em grande parte da gama dos maiores fabricantes.
Acontece que a maior parte das pessoas que compra elevadores não percebeu as enormes vantagens que este sistema lhes trazia, e continuou a não valorizar convenientemente esta tecnologia no momento de decidir a aquisição do equipamento.
A primeira vantagem das cintas é que permitiu que a suspensão se passasse a fazer por baixo da cabina (as cintas envolvem a cabina em vez de a suspenderem por cima) em lugar da tradicional amarração dos cabos no tecto da mesma.

Um elevador OTIS com suspensão por baixo da cabina


Isto faz com que deixe de ser necessária a estrutura de aço (que se chamava arcada) que envolvia a cabina e pela qual ela era suspensa nos cabos.
Desta maneira o peso da cabina diminuiu drasticamente, permitindo que também as máquinas pudessem diminuir de tamanho.
O resultado final para o dono do elevador é que possui um equipamento com um consumo energético 40% inferior a um elevador com as mesmas características mas de tecnologia tradicional.
Em casos de elevadores com muito movimento a poupança de energia pode equivaler, nos 15 anos de vida útil do aparelho, a 100% do seu custo.
E o curioso é que os elevadores com esta tecnologia não são mais caros do que os outros  mais do que uns 15%.
Por isso é tão importante falar com um especialista quando se trata de comprar ou modernizar um elevador. Faça da HAPE o seu parceiro. Consulte-nos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A importância da farda nos técnicos de manutenção de elevadores

Pode parecer um problema menor mas toda a preparação relativa à higiene e segurança dos técnicos de manutenção termina na escolha perfeita do seu fardamento.
A profissão de técnico de elevadores é de risco, e tudo o que se possa fazer para evitar que sofram acidentes é louvável.
Apesar de ser periférica a responsabilidade que pode ser imputada ao dono de um elevador por um acidente que nele ocorra tendo por vítima um técnico, é sempre uma situação desagradável ter de viver com esse facto.
As maiores empresas de elevadores já começaram há uns anos a ter especial atenção aos acidentes com os seus técnicos, e consomem muitas centenas de horas de trabalho anual em formação de higiene e segurança.
Entretanto passaram a dedicar muito tempo com as fardas que fornecem ao seu pessoal de campo.
Bonés protectores contra pancadas, luvas de diversos tipos, óculos e tampões para os ouvidos, calçado de protecção muito cómodo, mangas com elástico para evitar a prisão nos cabos, bolsos calculados para evitar que se possa por as mãos para evitar desequilíbrios e quedas desamparadas, calças justas ao corpo do joelho para baixo, utilização de tecidos mais resistentes aos cortes e perfuração, arnês com linha de vida para trabalhos em altura, fitas de pulso para descarga de massa para quando estão a desmontar componentes electrónicos, etc., são equipamentos distribuídos para evitar acidentes.
Mas por vezes a postura dos técnicos deixa muito a desejar.
É comum ver técnicos sem farda, de cabelo muito comprido (conheci um técnico que usava rabo-de-cavalo até meio das costas), brincos e anéis, e sem usar os acessórios de segurança.
Qualquer uma destas posturas pode por em risco a sua vida, a reputação da sua entidade patronal e o sossego do dono do elevador onde ele acabará por ter um acidente.
Resolvi escrever este texto porque hoje mesmo vi um técnico de manutenção de uma pequena empresa que parecia uma anedota. Tudo nele estava errado em termos de segurança.
Acabei por não resistir e perguntei-lhe se nunca tinha tido formação de segurança. Disse-me que não, até porque era filho de um dos donos da empresa e não aceitava andar de farda. Pensei que tão culpado como ele era o pai que o deixava andar a correr um risco estúpido, e que seria muito boa ideia se os donos dos prédios passassem a verificar o estado em que se apresentam os técnicos em sua casa.
Depois pensei melhor e lembrei-me que para o dono do prédio o importante é que aquela EMA faz 5€ mais barato por mês, e se morrer lá um técnico é coisa que se vê mais tarde.
Enfim, é o Portugal dos portugueses.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A marcação dos cabos de tracção

Para os elevadores mais comuns, quando ocorre a paragem de uma cabina entre pisos e há necessidade de se colocar a cabina nivelada com um patamar, a única forma de isso ser feito é rodando manualmente a máquina de tracção.
Ora para se saber quando é que a cabina está nivelada com o piso, altura em que se dá o desencravamento mecânico das portas e as mesmas podem ser abertas sem serem destruídas, a única solução passa por fazer uma marca de tinta nos cabos de tracção.
Desta maneira, sempre que a cabina passa por um dos patamares do edifício, isso é perceptível na casa das máquinas e a pessoa que está a fazer o resgate sabe que a pode imobilizar.
Acontece que as marcas de tinta vão desaparecendo com o tempo, e também podem mudar de sítio com os encurtamentos de cabos que possam ter acontecido. Por isso é necessário que ciclicamente essa marcação seja refeita.
Não é um trabalho complicado, mas é moroso. Depende do tipo de elevador, mas é sempre coisa para demorar mais de uma hora, mesmo que se trate de um elevador com casa de máquinas.
Mas é uma regra de segurança importante e como tal deve ser cumprida.
No caso dos elevadores sem casa das máquinas, em alguns modelos os cabos não são visíveis do exterior, e por isso existe outro método para se saber se a cabina está nivelada com o piso. Trata-se, na grande maioria dos casos, de umas luzes LED colocadas junto do sistema de resgate e que mudam de vermelho para verde quando a cabina está nivelada.
Seja qual for o método utilizado para se saber essa informação, é importante que a mesma não seja descurada, e que se mantenha sempre o elevador a cumprir essa norma. Por isso quando a sua EMA o alertar para a necessidade de marcar os cabos, ou que essa advertência venha em resultado de uma Inspecção Periódica, tenha em atenção que é mesmo para fazer.
Mas não se esqueça de discutir o preço. Se precisar de apoio, consulte a HAPE.

domingo, 18 de setembro de 2011

Negociar e renegociar os contratos de manutenção dos elevadores.

Com a chegada do dia 1 de Outubro atingimos a data limite para a denúncia de uma parte significativa dos contratos de manutenção dos elevadores instalados em Portugal.
É uma data crucial para quem quer ver melhoradas as condições que o ligam à EMA que se responsabiliza pelos seus elevadores.
Não quero com isto dizer que não há contratos com datas de término diferentes do final do ano, e que por conseguinte a data de denúncia não é o dia 1 de Outubro, equivalente a 90 dias antes. Há, e muitos, mas uma parte substancial dos contratos estão feitos com início e fim ao dia 1 de Janeiro.

Todos devem aproveitar esta oportunidade para conseguir melhorar os seus contratos, quer a nível financeiro quer a nível técnico.
Nem sempre o preço é o factor mais interessante num contrato, e por isso o contrato deve ser analisado com cuidado e ver qual a solução que melhor defende os interesses do proprietário do elevador.
Também as opções do mercado nem sempre são as melhores e as mais capazes. Há que ter muita atenção em seleccionar um parceiro que seja responsável, e garante altos níveis de segurança e legalidade. Há coisas com que não se brinca.
A HAPE anda numa roda-viva a dar respostas aos muitos proprietários que querem saber o que devem fazer.
Envie-nos também o seu caso, com uma digitalização do contrato actual e com o preço que está a pagar, conte-nos o seu caso, e aguarde que em pouco tempo, e sem qualquer custo, lhe damos a nossa opinião e sugestão.
Mesmo que o seu contrato não termine agora, questione-nos da mesma forma. Renegociar um contrato é uma arte, e há sempre hipótese de se conseguir melhorias. E no fundo não tem nada a perder.
Vai ver que fica a ganhar. É para isso que cá estamos.
Se este texto não lhe interessou, porque não o tenta passar a alguém conhecido a quem possa interessar?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Porque é que os contratos de manutenção completa têm a duração mínima de 5 anos?

O Decreto-Lei 320/2002 regulamenta a actividade referente aos elevadores instalados, e, por consequência, os moldes em que devem ser estabelecidos os seus contratos de manutenção.
No que respeita aos contratos de manutenção, o decreto, para além de estabelecer os tipos de contrato que podem ser celebrados e que serviços incluem, define a validade mínima de cada tipo de contrato.
Para os contratos simples determina que têm de ter uma validade mínima de um ano, e para os contratos completos a validade mínima de 5 anos.
Ambas as situações se compreendem, mas no caso do contrato completo ainda a situação é mais compreensível.

O valor dum contrato completo é calculado, em semelhança do prémio de um qualquer seguro, pela probabilidade de ocorrência de avarias e desgaste de peças no elevador num determinado período de tempo. Como é facilmente perceptível quanto maior for o período de tempo que utilizarmos para o cálculo, mais baixo se torna o custo mensal que temos que disponibilizar para garantir a sua cobertura.
Este pressuposto esgota-se com a perspectiva de vida útil do equipamento.
Quer isto dizer que em termos abstractos o contrato completo baixa de preço até aos 10 anos, e volta a aumentar se tiver mais do que essa validade.
O legislador entendeu, e bem, que 5 anos era o período mínimo em que a EMA pode propor um valor interessante ao seu cliente.
Ficam agora alguns problemas referentes a estes contratos:
1 – Se o contrato é celebrado pelo período mínimo de 5 anos, o mesmo pode ser rescindido antes desse termo? Na minha opinião a rescisão só tem sentido se o cliente indemnizar a EMA. Imaginemos que no primeiro ano de contrato o elevador teve uma reparação grande ao abrigo do facto de ser contrato completo, e que a EMA só ia recuperar esse valor nos restantes anos contratados. Se se der uma rescisão a meio do prazo é natural que a EMA seja ressarcida do seu investimento.
2 – Então o contrato é imutável ao longo do tempo? Se estiver a falar de uma EMA séria e com um código de conduta, ela estará disponível para negociar a situação. O espectável é que não tendo havido grandes reparações no elevador ao abrigo do contrato completo, o mesmo possa sofrer um downgrade para contrato simples, e nesse caso poderá haver lugar a uma redução do valor do contrato que ronde os 40%.
3 – Então qual é a validade de um contrato completo mais interessante para um cliente? Há dois. O de 5 anos automaticamente renovável por igual período, e o de 10 anos. Mas qualquer um deles tem de ser muito bem ponderado e avaliado pelo proprietário do equipamento. Um compromisso de tanto tempo só se pode celebrar com alguém de muita confiança, por isso a opinião de um especialista deve ser sempre considerada.
A última nota diz respeito a mais uma informação em relação ao cálculo dos valores dos contratos de manutenção completos. Não se esqueça que, tal como num seguro, o número de clientes de uma EMA que aderem aos contratos completos é importante para o valor finar a propor a cada cliente. Tal como nos seguros alguém paga uma parte dos nossos acidentes, no caso dos elevadores há sempre um elevador que não avaria que vai pagar um aparte do custo da nossa avaria. Por isso é bom que se compreenda que na maior parte das vezes o contrato completo é mesmo o mais interessante para o proprietário do elevador.
Em caso de dúvidas, fale com a HAPE. Estamos cá porque sabemos tudo, mas mesmo tudo, sobre elevadores.